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Painel discute os desafios de se criar um ambiente para trabalho híbrido

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Com a popularização do modelo de trabalho híbrido, é possível perceber um movimento do mundo corporativo em adaptar os escritórios para terem menos atividades rotineiras diárias. Criar design do espaço do escritório desempenha um papel fundamental na colaboração e conexão positiva. Como integrar, interagir neste período de readaptação ao trabalho. Para Nicolas Robinson Andrade, diretor de Relações Governamentais do Zoom  para AL, que participou da 3ª edição do Digital Work Place Forum nesta quinta-feira, 25, o futuro do trabalho é flexível e o trabalho híbrido está cada vez mais presente nas empresas. “Fizemos uma pesquisa entre usuários e 67% consideram que farão modelo híbrido de trabalho, e  70% deixariam o escritório pelo Home Office, principalmente as  mulheres”, afirmou.

Como disse o executivo, o Zoom tem 10 anos de vida e foi criado pelo fundador para ver e conversar com a namorada que morava distante, mas ela só se tornou conhecida no ano passado pelas grandes empresas, pois tudo mudou com a pandemia. O Zoom passou de 10 milhões de usuários para mais de 300 milhões na plataforma em abril de 2020, com um perfil pequenas e médias empresas, além de usuários entre amigos e familiares.

“Eu asseguro que o futuro é híbrido, o presente já é híbrido seja em qualquer atividade de escritórios, hospitais, escolas, etc, com capacitação em várias áreas. Hoje é possível fazer contratações de pessoas em qualquer lugar do país ou do mundo, permitindo mais acesso ao mercado de trabalho. Nós do Zoom estamos  democratizando os espaços, especialmente no contexto do trabalho de hoje, ou seja, para vencer desafios por meio de  soluções locais, brasileiras”, disse.

Como explicou o executivo, a partir de março de 2020, a empresa se dedicou ao desenvolvimento de várias soluções dentro da plataforma , especialmente dirigidas aos aspectos de segurança, e demais ferramentas para incrementar a interação entre as pessoas em conferência.

“Acredito que nos próximos meses veremos um equilíbrio entre o trabalho remoto e presencial, assim como um equilíbrio das pessoas entre a vida pessoal e as reuniões”, explicou. “Deixo sempre alguns conselhos para as pessoas, para que não façam na vida virtual o que que não fazem na vida pessoal. Sugiro que as pessoas  tenham o equilíbrio entre  horas de trabalho, horas de descanso, reuniões  pois  esse hiperfoco no virtual pode prejudicar a saúde física e mental. Agende reuniões curtas de 20-25 minutos,  bloqueie horários para momentos em família ou para exercícios ou outro lazer pessoal, deixe uma ou duas reuniões para você participar sem vídeo, coloque os fones de ouvido e faça uma caminhada enquanto ouve. Tudo isso pode ajudar a melhorar seu rendimento e também manter-se saudável “,  aconselhou Nicolas Andrade.

Cláudia de Souza, Head of People na Movile falou sobre a pesquisa interna da companhia e o foco para que a transição do presencial para o home office fosse a menos traumática possível.

“Tomamos muito cuidado com as pessoas nesse modelo novo de trabalho  e para isso, fizemos ações para os colaboradores se sentissem confortáveis mental e financeiramente. Para isso, a companhia providenciou as  ferramentas necessárias  e quando pensamos em retomada, ouvimos os colaboradores e entendemos que a grande maioria gostaria de atuar de forma  híbrida e implementamos um programa, com base em pesquisas,  que resultou num programa que chamamos de Movile Way – work anywhere you want – no qual  oferecemos a melhor jornada e experiência em trabalho remoto aos colaboradores”, explicou.

Conforme a executiva da Movile, a qualidade de vida dos colaboradores foi o que mais tomou atenção dos gestores, pensando na infraestrutura, saúde, engajamento e qualidade de vida, que evoluiu para a  um benefício para o home office (cartão) para pagamentos de internet, luz, vale de cultura, além de mobiliário e ferramentas necessárias.

“Os colaboradores são pilares importantes para nossa cultura e o engajamento deles, a comunicação  – em  todas as variáveis – são promovidos  e desenhados, para quando este novo modelo estiver em pleno funcionamento”, explicou.

Stephanie Jerg, CEO da Intervalor, empresa de serviços financeiros, com 1500 funcionários, mostrou como a mudança  do modelo de trabalho durante a pandemia foi uma “operação de guerra” e levou 80% de operação dos contact centers para o home office.

“Havia desafios como máquinas para todos, notebook, considerando as diferentes configurações, os acessos de  segurança e proteção  da informação. Mas mesmo assim enviamos as pessoas para casa, cada um levando o equipamento que dispúnhamos com um kit de acessórios, software e colocamos a equipe de TI numa verdadeira “operação de guerra”, incluindo até um 0800 para ajudar nas instalações dos equipamentos e demais configurações, E assim  conseguimos colocar nosso pessoal em casa”, conta a executiva.

Índices de produtividade e a segurança física dos colaboradores também foram levados em consideração, mesmo uma pequena parte ainda estando no escritório.  Após a mudança de  os indicativos de produtividade tiveram uma queda natural decorrente de um período de acertos até escalarem novamente, até surpreendendo os gestores, como disse a executiva.

“Fizemos várias pesquisas com os colaboradores para identificar o melhor modelo na retomada dos trabalhos presenciais e muitos optaram por ter um modelo parte presencial e parte home office .  Mas toda a rotina desse trabalho mesmo agora no retorno está sendo sustentada por  reuniões virtuais entre grupos, entre um número maior de colaboradores e até palestras com convidados para todo mundo. Isso  com a finalidade de interagir e aproximar. Comunicar e expandir as nossas políticas de compartilhamento, inovação, acolhimento de novas propostas para as pessoas se sentirem bem no trabalho e bem consigo mesmas”, exemplificou Stephanie.

“Nós acreditamos no sistema misto de trabalho com  política adequada para áreas administrativas e operacionais e vemos o lado positivo das novas possibilidades, da inclusão de novas pessoas que de outras localidades sem com isso termos uma queda na qualidade de vida dos colaboradores, proporcionando  o que for possível para que este modelo seja o melhor”, afirmou a executiva.

Fernanda Pauletti, Human Resources Manager da Kinghost também contou sobre o desafio da mudança dos funcionários durante o período da pandemia, entretanto menos traumático já que muitos deles operam em Home Office mesmo antes desse período.

“Nossa empresa tem como premissa o remote first , isto é, privilegiar o trabalho remoto. Conseguimos em 3 dias colocar todos os funcionários em casa, mas preocupados em manter a ergonomia do trabalho, o fluxo de comunicação e  a saúde física e mental deles neste período”, contou.

“Eu aponto dois importantes diferenciais neste processo que continuam hoje: a colaboração e a proximidade  entre colaboradores e gestores, entre empresa e funcionário.  A  comunicação e fluxo de informações com canais definidos, fomentou o Instagram interno,  aumentou muito a participação o que gerou um sentimento bom de  pertencimento,” lembrou a executiva.

Ela explica que agora com o trabalho híbrido, aos poucos o espaço demandado se tornou diferente o que implicou até numa mudança de local , pois hoje a empresa tem  muito mais trabalhadores remotos que antes. Uma mudança de sede levou até um bazar com venda de artigos da empresa como mesas e pufes, por exemplo, mas isso só implicou, segundo a executiva, numa mudança para um ambiente mais pensado no comunitário e no indivíduo ao mesmo tempo.

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