Publicidade
Início Blogueria O ano da data transformation

O ano da data transformation

0
Publicidade

Em conversas com empresas brasileiras, ou em inúmeros lugares no mundo, ouço a mesma coisa: “Sabemos que big data é importante para nossa companhia, mas estamos atrasados em sua implementação”. Como alguém que fala com organizações em vários países sobre como elas estão usando seus dados, garanto que o Brasil não está atrás.

Estudo recente da consultoria McKinsey aponta que quase 50% das empresas afirmam que o uso de dados mudou significativamente a natureza de seus setores nos últimos três anos. Entretanto, pouco mais de 10% dos respondentes incluem a proficiência em dados como uma necessidade gerencial essencial. A maioria ainda está em processo de transformação de dados. De qualquer maneira, diferentemente do que se pensa, atualizar-se e utilizar as informações pode ser mais fácil do que se imagina.

Para entender como chegamos aqui, é importante lembrar onde estivemos. Desde a década de 1980, houve uma evolução natural no uso de dados para se obter uma vantagem competitiva. No entanto, nos últimos 10 anos, esse progresso avançou a uma velocidade sem precedentes. O crescimento exponencial na magnitude dos dados e a drástica redução no custo do poder de processamento tornaram disponíveis algoritmos, modelos estatísticos e técnicas preditivas anteriormente inacessíveis e que agora estão disponíveis para criar valor em todas as áreas da empresa de maneiras nunca imaginadas.

Infelizmente, como muitos líderes empresariais se aperfeiçoaram em uma época anterior a essa mudança, a implementação das transformações necessárias mostrou-se difícil. Em parte, porque muitas empresas ainda estão emergindo da grande recessão, que exigia que os líderes se concentrassem nas habilidades mais tradicionais de gerenciamento financeiro, regulamentação governamental e gerenciamento de custos. No entanto, à medida que avançamos nessa nova era de transformação centrada em informação, é necessária uma nova mentalidade para promover uma cultura de dados profunda e evitar atrasos irreversíveis na corrida para explorar, analisar e utilizá-los para obter uma vantagem estratégica sustentável.

A boa notícia é que, como a velocidade dessa mudança foi muito rápida, qualquer organização que iniciar agora tem potencial para recuperar o atraso. Além disso, implementar uma estratégia de análise de negócios não significa ter de se comprometer com gastos exorbitantes de capital ou forçar sua empresa a se tornar algo que não é. Em vez disso, faço as seguintes sugestões:

• Comece pequeno, mas comece – geralmente uma única alteração, como tornar as informações visíveis para gerentes e funcionários, pode mudar radicalmente a cultura de dados de uma empresa.

• Trazer dados para a linha de frente – as informações de seus dados podem melhorar todos os elementos do seu negócio. Inicie o processo de criação de uma organização com conhecimento de dados, para que todos os funcionários possam ajudar a encontrar maneiras de melhorar sua produtividade, reduzir seus custos e expandir suas oportunidades de negócios.

• Contratar pessoas que conectam as áreas da empresa (Bridge-Builders) – Seus dados precisam começar a se tornar um ativo gerencial central. Isso requer profissionais que possam entender o valor estratégico dos dados e que tenham a capacidade de criar pontes entre o seu grupo de tecnologia e os setores responsáveis pelas atividades principais da sua organização.

• Capacitar uma voz orientadora – Para criar e implementar uma visão habilitada para dados, as empresas devem procurar trazer essa mentalidade para sua estrutura de liderança central. O estudo da McKinsey mencionado anteriormente, também mostra que as organizações de alto desempenho são muito mais propensas a ter cargos de liderança focados em dados, seja um Chief Data Officer (CDO), Chief Analytics Officer (CAO) ou uma combinação de ambos (CDAO). As empresas que mantêm a liderança em dados no departamento de TI tendem a relegá-la a uma função suplementar, em vez do ativo estratégico principal que se tornou.

A diferença entre líderes e retardatários na corrida pelo uso da análise de dados está aumentando. Quanto mais cedo você começar a desenvolver uma cultura de dados, mais rapidamente colherá suas recompensas. A hora de agir no Brasil é agora. Além de vantagens específicas, como o apoio do Banco Central ao open banking, existem muitas razões para afirmar que o País não irá apenas sobreviver nesse novo ambiente de negócios, mas também prosperar.

Não há dúvida sobre o significado da análise estratégica de dados para a competitividade e eficiência nos negócios. Concorrentes em todo o mundo já começaram a reconhecer isso e usufruir dos benefícios. Se sua organização não iniciou essa transformação, faça de 2020 o ano para se concentrar nos dados. Quando 2021 chegar, você ficará feliz por isso.

Jeremy Petranka, diretor adjunto da Fuqua School of Business da Duke University para o Master of Quantitative Management (MQM) em Business Analytics. Ele tem um Ph.D. em economia. School of Business.

DATA MANAGEMENT FORUM

A TI INSIDE, de forma pioneira, promove a primeira edição do Data Management Forum, que acontece dia 28 de abril, no WTC-SP, onde serão apresentados cases e palestra sobre estratégica de dados para a competitividade e eficiência nos negócios. Mais informações no site

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.

Sair da versão mobile