A contínua preocupação com o bem-estar do paciente, unida à necessidade de uma boa gestão de TI, têm levado os hospitais públicos a avanços na tecnologia. Por esse motivo, existem soluções não só para conveniência dos pacientes, como os sistemas de classificação de risco, mas também aquelas que tornam a vida dos gestores menos complexos, como serviços de prontuários eletrônicos que dispensam o uso de papel, diminuindo os gastos e tornando mais rápida a comunicação.
Ironicamente, são tantas soluções para finalidades diferentes que é necessário uma que organize todas as funcionalidades, por isso a Input, empresa de aplicativos para TI, desenvolveu o WinHosp, ferramenta que consiste em um sistema de informação global totalmente integrado dividido em 80 módulos, em que cada um atende a um determinado setor hospitalar.
Atualmente utilizado por mais de 20 mil usuários, responsáveis pelo atendimento a pacientes em 35 hospitais de grande porte, o WinHosp tenta oferecer aos seus clientes maior praticidade, rapidez e eficiência na gestão. Os campos de aplicação da solução, nos seus diversos módulos, abrangendo a gestão da chegada do cliente, a documentação relativa aos cuidados médicos e de enfermagem, até as áreas de contabilidade, controle orçamental e gestão dos aparelhos hospitalares.
Um dos usuários da solução é o Conjunto Hospitalar do Mandaqui, em São Paulo, que adotou a solução há cerca de cinco anos. A instituição fundada em 1938 funcionou inicialmente em três pavilhões com capacidade de 100 leitos destinados a adultos, posteriormente aumentados com as instalações de novos pavilhões até atingir os atuais 450 leitos, aproximadamente.
A gerente de informação do hospital, Nendy Temistocles Ribeiro, informa que para adquirir a solução foi feita uma licitação. Na ocasião do primeiro pregão, três empresas fizeram apresentação de sistemas de gestão, porém o software da Input atendeu às necessidades e ganhou em competitividade.
Em 2005, foram adquiridos seis módulos, e hoje o hospital já conta com a expansão de mais 16 em funcionamento, entre eles o serviço de prontuário eletrônico e de serviço de e-mail.
A informatização que a instituição passou com a utilização do WinHosp tornou os processos mais ágeis e simples em quase todos os setores: internação, recursos humanos, faturamento, arquivo médico, pronto socorro, unidades de internação, ambulatório, farmácia e almoxarifado.
Entre os profissionais assistenciais e administrativos, ao todo 2.200 funcionários possuem login e senha e utilizam o sistema no seu setor. A gerente diz ser difícil mensurar perda de informação antes da implantação, mas afirma que a qualidade dos relatórios gerenciais ficou exponencialmente melhor depois da solução implantada.
Investimento e mudanças
Segundo a direção, investimento em TI é considerado o 3º item de maior custo dentro do Hospital. Desde 2005, quando foi iniciado o processo, foram gastos mais de R$ 2,5 milhões entre hardware, software e contrato de manutenção. Sobre alterações no parque de informática do Mandaqui, a gerente diz que “as atualizações de plataforma são constantes”.
“Quanto ao retorno, acreditamos que vem de acordo com a velocidade de implantação da tecnologia, mas no primeiro processo contemplado com o sistema já se enxerga impacto. Relatórios gerenciais, por exemplo, demoram mais a serem concretizados, uma vez que dados se tornam informação quando analisados e tendo vários períodos a comparar”, explica Nendy.
Ainda para esse ano, o Hospital espera melhorar gestão através de informação, aquisição de hardware e expandir o sistema para áreas que ainda não o utilizam. “Esse projeto é fundamental para esse fim, uma vez que através da coleta de dados se produz todos os relatórios para análise gerencial e ações”, finaliza a gerente.
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