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Blockchain viabiliza aplicações com foco em sustentabilidade

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O uso de blockchain cada vez mais viabilizando iniciativas de ESG devido suas características de rastreabilidade e inviolabilidade dos dados, conforme revelaram os participantes do painel sobre Blockchain dentro da 5ª edição do Forum Blockchain, promovido pela TI INSIDE, encerrado nesta sexta-feira, 28.

Alan Kardec, CSO da Blockchain On, concorda que o blockchain está numa  corrida diferente, do ponto de vista tradicional. “A pandemia  trouxe pelo menos 10 anos de avanços tecnológicos e forçou a acelerar o que ainda iria ocorrer em algum tempo no futuro”,  disse, “Com isso, as tecnologias emergentes até então incipientes, conseguiram despertar  um insight para aqueles que buscam sustentabilidade e desenvolvimento social e econômico.”, sentenciou.

Segundo o executivo, o blockchain permitiu  a discussão do que é e o que pode ser na sociedade nos últimos dois anos e muitos os casos de uso estão sendo colocados à prova no mercado com base nos pilares da economia, do social e consumo. “Queremos com a tokenização de ativos possa na área pública , por exemplo, ser utilizada pelo seu compromisso de transparência e estamos desenvolvendo conjuntos de API’s interligadas nas plataformas  usadas pela administração pública para transações em operações de compra e pagamento”, disse.

Segundo o especialista muitas das políticas públicas devem interagir com o setor privado para o ESG e mais próximas da sociedade. “Devemos encarar esta interação como uma gestão de risco, visto que o blockchain vai proporcionar a transparência, imutabilidade e criar novas fontes de receitas e mais capilaridade.”, resumiu

Assim como disse,  o setor público pode dar uma resposta de sustentabilidade para a sociedade nada melhor que uma tecnologia que permite que a sociedade tenha dados precisos e não ser manipulada. “E o caso de um projeto que acompanhamos em blockchain de uma start up da Bahia, a Aqualux que por meio da tokenização financia seu projeto de geração de energia alternativa e ajude a comunidade carente da região reinvestindo em projetos sociais”, contou.

Outras experiências bem sucedidas estão ocorrendo, como contou Elcio Ferreira, CTO da Eureciclo – projeto ESG com Blockchain no segmento de coleta de reciclados.   “Hoje no Brasil apenas 3% dos resíduos coletados são reciclados e o impacto disso na cadeia  de reciclagem é bem grande. Com uso da tecnologia  os problemas decorrentes já estão tendo um resultado mais importante para as cooperativas e para a indústria que busca os objetivos do ESG:, comentou.

Por meio de uma plataforma de gestão todo esse processo do recolhimento a reciclagem permite  o registro  e a validação de passo a passo do processo até o usuário que recebe um produto final tokenizado. “Neste universo, as  cooperativas ganham com os produtos e há a geração de uma segunda oportunidade de renda  para os clientes que produzem dos certificados e os ajudam a investir na cadeia de reciclagem”, explicou.

Jean Carbonera, CEO do Agrovantagens  explicou que o motivo da existência  do Agrobônus ( moeda digital do mercado de agribusiness) tem o  objetivo de dar  governança e sustentabilidade ambiental e social, bem como  segurança alimentar aos consumidores.  Segundo ele, o desenvolvimento social que envolve o agronegócio é muito grande e a tecnologia  tem várias interseções com  novas tecnologias para inovar dentro do segmento – programa.

“No agronegócio as  vantagens e  benefícios para financiamentos e fomento agrícola já acontecem e o  resultado da operação é o investimento direto em ESG. Com isso, as novas tecnologias proporcionam um aumento da sustentabilidade e produtividade do setor . Quando se fala de aumento de produtividade, se fala  no plantio seguro e sustentável, no uso da tecnologia para realizar a  rastreabilidade de produtos desde sua origem até o descarte seguro de embalagens  de defensivos e agrotóxicos, tudo acontecendo de forma controlada”, exemplificou o executivo.

Para Reynaldo Formigoni, gerente de Soluções Blockchain do CPQD, que  trabalha desde 2016 com blockchain por meio dos programas de inovação aberta dentro da instituição, os casos de sucesso são expressivos.  O CPQD trabalha em 4 frentes com uso de blockchain e ESG: na identidade digital, na Cadeia de Suprimento ( rastreabilidade de ativos lógicos e produtos), nas Plataformas de negócios descentralizados ( contratos inteligentes) e na Inovação em redes de negócios ( consultoria frameworks para desenhar soluções com blockchain).

Ele mostrou exemplos de casos de aplicação e como do setor elétrico com a criação de um marketplace para compra e venda de energia  elétrica com token para conversão em moeda fiduciária, participação em leilões de energia e  análise de impacto econômico. Outro projeto desenvolvido junto com a entidade no agronegócio envolve a cadeia de carne bovina possibilitando a rastreabilidade do produto do campo até o supermercado e que permite também  a consulta dos dados na base de dados no governo, seu impacto no agronegócio, a identidade do produtor e do produto. o terceiro caso tem aplicação na área de saúde é o  Simples Receita um programa de identidade digital  que realiza a  emissão eletrônica de receitas médicas fazer a gestão da emissão dos medicamentos controlados em todo o ciclo de vida dos medicamentos controlados tanto em  farmácias físicas quanto virtuais.

“Enfatizo que o blockchain é uma poderosa ferramenta para superar as  demandas do ESG e temos visto um aumento do interesse das empresas neste sentido no mundo. Passamos da fase de provas de conceito e entramos em operação “, disse.

Rudá Pellini, Head of Business Development na Wise &Trust lembrou que o blockchain  não se trata apenas de criptomoedas, pois o registro imutável que advém dele. De outro lado, o consumo energético e otimização do smart grid das empresas  estão relacionados pela origem dos negócios e esta narrativa de consumo  está mudando..

“Na prática , muitos  mineradores, utilizam as redes e ajudam na produção de energia limpa  e na gestão  excedentes. Ao  usar o excesso de energia e adoção de plantas de energia alternativa estão desenvolvendo o mercado ESG e incentivando novos investidores a produzir e minerar e ligarem-se a rede de distribuição energética.”, disse.

Segundo Pellini esta  é a hora de mudar a narrativa sobre consumo e desperdício de energia, já que 58% do consumo energético da mineração é de origem limpa e renovável.

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