Publicidade
Início Blogueria COBIT 5: Presunção ou integração?

COBIT 5: Presunção ou integração?

0
Publicidade

Numa primeira leitura sobre o COBIT 5, recém lançado globalmente pela ISACA – Information Systems Audit and and Control Association, pareceu-me muita presunção ao ser apresentado como o único Framework de Negócio para Governança e Gestão de TI Corporativa.  Passado o susto, entendi perfeitamente que o COBIT 5 veio, de fato, integrar o Negócio com a Tecnologia da Informação.

Ao acompanharmos a evolução do COBIT ao longo de 12 anos, percebemos que começou com foco em auditoria, passando por controle, gerenciamento, governança de TI, atingindo o seu ápice como Framework 
de Negócio para Governança e Gestão de TI Corporativa.

Na versão 3 aparecia uma mera citação do Balanced ScoreCard, que nem sequer indicava as suas quatro  dimensões ou perspectivas. Já na versão 4, aí sim, foi apresentado o Balanced ScoreCard com todos os detalhes da integração dos objetivos de TI, suportados pelos processos do COBIT atendendo aos objetivos de  Negócios, nas suas perspectivas: Financeira, Cliente, Processo, Crescimento e Aprendizado.

Idealmente esperamos que a empresa divulgue o seu BSC para que possamos desenvolver o BSC de TI. Desde a versão 4 do COBIT já não tivemos mais que esperar por isto, pois já podíamos atender às demandas de negócio a partir do suporte do COBIT.

Hoje o COBIT 5 já descreve, no conteúdo do Guia de Referência de Processos, as suas metas de TI totalmente referenciadas aos Objetivos de Negócio do Balanced ScoreCard. Outra forma de ver o quanto o COBIT se propõe a ser, de fato, um integrador de TI com o Negócio é a Matriz de Responsabilidades em que mais que dobrou (26 X 11) a quantidade de stakeholders, não só das funções de TI, mas também das áreas de negócio, em relação à versão 4.1. Dentre os stakeholders de negócio envolvidos nas práticas-chave de governança e de gestão para cada processo do COBIT destacamos: Conselho, CEO, COO, Executivos de Negócio, Gestor de Processos de Negócio, Comitê Executivo de Estratégia, Comitê Diretivo de Programas/Projetos, PMO, Value Managament Office, Chief Risk Officer, Comitê de Risco Corporativo, Chefe de Recursos Humanos, Compliance, Auditoria, Gerente de Serviços e Privacy Officer. Algumas funções não foram traduzidas de propósito por serem relativamente novas e termos que nos familiarizar com os termos em inglês para depois os traduzirmos.

A ISACA SP está coordenando o Projeto de Tradução do COBIT 5, previsto para ser concluído ainda em 2012.

Outro fator preponderante de integração é a distinção entre Governança e Gestão. Desta forma o COBIT deixa claro o papel dos stakeholders entre Negócios e TI. Para tal foi criado um novo Domínio: Avaliação Direção e Monitoramento, voltado para as questões de Governança, cujos processos são: assegurar a definição e manutenção do framework de Governança, assegurar a ealização de benefícios, assegurar a otimização de riscos, assegurar a otimização de recursos e assegurar a transparência dos stakeholders.

É de se esperar que cada vez mais tenhamos não apenas os profissionais de TI, mas também das áreas de negócios em palestras e workshops de COBIT a exemplo do que já testemunhei nos 4 últimos eventos de COBIT 5 que promovemos, tanto no Brasil quanto no exterior, com participação de Membros de Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria Operacional, Recursos Humanos e de Gerenciamento de Projetos.

Outras questões como habilidades, competências, cultura, ética e comportamento, Modelo de Capacidade X Maturidade serão abordadas em outros artigos da Série Governança Corporativa e de TI

Antonio de Sousa – sócio diretor da Big Five Consulting.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.

Sair da versão mobile