As atividades contábeis se transformarão muito e boa parte delas será substituída pela automação, diz uma pesquisa realizada pela Universidade de Oxford, que revelou 98% de chances de as atividades do contador serem substituídas por sistemas de inteligência artificial. Já uma análise realizada pela Ernst & Young – empresa de serviços profissionais londrina – apontou que esse processo deve ser concluído até 2025, quando a profissão de contador deixará de existir.
Para Lucas Ribeiro, sócio fundador da ROIT Consultoria e Contabilidade, mesmo nesse contexto de mudanças com as novas tecnologias, a atuação do contador será necessária, embora seu modo de trabalhar deva ser diferente.
“O papel do profissional de contabilidade deixará de ser operacional, com lançamentos manuais e análises superficiais. Ele se tornará gestor de custos, planejador tributário, sucessório, societário e, finalmente, assumirá sua principal função, de apoio ao gestor das empresas”, diz, acrescentando que “tudo que é manual será automático”.
Ele é um dos criadores do ROIT Bank, uma fintech que automatiza as atividades contábeis e que foi lançada no Brasil no início de 2019. A ferramenta executa todos os serviços operacionais do departamento fiscal, contábil e financeiro, respeita todas as regras fiscais e oferece segurança e rastreabilidade a todos os pagamentos realizados.
Até o momento, o robô da fintech já processou mais de 1 milhão de documentos fiscais sem interação humana, em menos de um ano, substituindo o trabalho manual de 30 contadores que, agora, podem se dedicar a realizar operações estratégias aos clientes.
“A tecnologia vem para auxiliar o trabalho dos contadores e não para competir com eles. A ideia é que o contador consuma a tecnologia em seu favor, para apoiar suas análises e tomadas de decisão”, conclui.