Atualmente já existem evidências da relação direta entre a aplicação das práticas de ESG e o desempenho financeiro das empresas, demonstrando cada vez mais que empresas que adotam práticas sustentáveis e responsáveis tendem também a ter melhores resultados financeiros a longo prazo, como maior rentabilidade, menor volatilidade das ações e menor custo de capital.
E a aceleração destes resultados não é delimitado apenas por ações relacionadas aos impactos gerados ao meio ambiente, às pessoas e comunidades, mas passa ainda em como são construídos os indicadores pela sua gestão e se estão de acordo com as características de cada atuação, como explica a doutora em Administração e CEO da Plataforma Nobis, Claudia Coser.
O tema expõe uma realidade sensível da atualidade, pois muito se fala em práticas ESG, mas baseadas em ações de realidades diferentes daquelas encontradas pelos gestores no dia a dia de seus negócios. “E já sabemos: ESG que não melhora resultados financeiros do negócios não tem sequência, pois precisa existir a conexão com a geração de lucro”, alerta a especialista, que atua na área há mais de 15 anos.
Os indicadores globais não são necessariamente aplicáveis para os negócios em geral, pois são feitos para uma realidade distinta das empresas e, por mais que os indicadores sejam orientados aos padrões internacionais, eles devem ser adaptados à cada negócio.
O desafio agora não é apenas conhecer sobre as práticas ESG, mas implantá-las com sucesso e resultados positivos, aponta Claudia Coser. “A plataforma Nobis tem o dado de que menos de 3% das empresas estão conseguindo avançar em ESG com base em critérios e resultados para o negócio, em uma pesquisa com 400 executivos da área de mobilidade. Ali também levantamos que 93% desses executivos sabiam o que era ESG; e outros 30% estavam em fase de implantação de práticas ESG”, aponta.