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Empresas só implantarão NF-e quando uso for obrigatório, diz pesquisa

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Pesquisa realizada pelo Conselho Privado da Nota Fiscal Eletrônica do Brasil (Confeb) e a Associação Brasileira de e-Business mostra um panorama bastante diferente daquele apregoado pelos órgãos do governo responsáveis pela implantação da nota fiscal eletrônica (NF-e) e revela um total desconhecimento da maioria das empresas brasileiras sobre o assunto.

O levantamento, divulgado nesta semana, ouviu executivos de 75 empresas de grande e médio porte, das quais 72% apresentam faturamento anual superior a R$ 100 milhões. O resultado revelou que 48% dos entrevistados têm conhecimento insuficiente em relação ao projeto NF-e. Apenas 12% acreditam ter um conhecimento mais avançado e 40% o consideram adequado.

Questionados sobre as barreiras enxergadas para implantação da NF-e, 46,7% das empresas indicaram a falta de clareza do projeto como o principal fator. Outro item que mereceu atenção está relacionado à integração e mudança de processos internos, que correspondeu a 34,7% da opinião dos entrevistados.

A pesquisa também perguntou sobre o interesse em implantar a nota fiscal eletrônica a curto e longo prazo. Do total, 48% das empresas responderam que irão implantar somente quando o uso for obrigatório, enquanto apenas 32% indicaram que há interesse em iniciar um projeto a partir de 2008. Cerca de 7% disseram que não têm interesse em desenvolver ações nesse sentido.

Uma das questões mais discutidas sobre a nota fiscal eletrônica envolve a questão do retorno sobre os investimentos. De acordo com a pesquisa, 44% das empresas acreditam que depois de implantado, o retorno poderá ser obtido entre dois a cinco anos e quase 11% ainda não conseguem enxergar nenhum tipo de retorno para seus negócios. Segundo a análise, 47% das empresas que emitem mais de 10 mil notas fiscais por mês conseguem enxergar a redução dos custos de impressão e aquisição de papel como um grande benefício, enquanto apenas 8% das empresas que emitem menos de mil notas fiscais conseguem perceber essa vantagem.

Segundo a pesquisa, 74,7% dos entrevistados ainda não iniciaram nenhum estudo para a implantação da NF-e. E a razão disso pode ser explicada por fatores citados durante a consultada: conhecimento insuficiente dos profissionais em relação ao assunto, falta de clareza do projeto, espera da obrigatoriedade por parte da Receita Federal, além da falta de visão sobre o retorno dos investimentos por parte de algumas empresas.

Diante dos resultados, o Confeb acredita que somente com a obrigatoriedade as empresas irão se movimentar de forma efetiva, mas observa que, para a NF-e ser aplicada em sua totalidade, é fundamental que toda a cadeia de valor esteja inserida nesse processo. ?A obrigatoriedade não deve ser aplicada tendo por base o faturamento das empresas, mas sim, de forma setorial, envolvendo fornecedores, clientes e competidores. Somente dessa maneira, o combate à ilegalidade terá êxito?, afirma Richard Lowenthal, presidente da Associação Brasileira de e-Business.

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