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Transformação digital coloca em xeque competências dos colaboradores

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Líderes globais têm se esforçado em discutir e propor soluções aos desafios que o mundo enfrentará em 2017, o que foi evidenciado durante o Fórum Econômico Mundial, realizado no início de janeiro, em Davos, na Suíça. Sob o tema Liderança Responsável e Acolhedora, a reunião anual discutiu como os  “setores tradicionais estão sendo redefinidos e outros novos estão sendo criados a partir do zero”.

Para suplementar os questionamentos, a nova edição da pesquisa Digital Workplace realizada pela BMC revela que os trabalhadores têm colocado mais responsabilidade nos empregadores para capacitá-los com as competências necessárias a fim de serem bem-sucedidos, já que têm se deparado com mudanças substanciais decorrentes da economia digital.

Os avanços no aprendizado de máquinas, na inteligência artificial, na robótica, na Internet das Coisas, nos veículos autônomos e em novas tecnologias de pagamento tem feito com que as empresas, os governos e as pessoas examinem o modo e as competências exigidas para que as forças de trabalho atendam às demandas e necessidades do setor digital.

O estudo da BMC com mais de 3.200 funcionários em 12 países, incluindo o Brasil, aponta que muitos destes trabalhadores estão entusiasmados com o potencial da tecnologia para melhorar sua vida profissional e criar novas oportunidades de carreira. Entretanto, 40% dos entrevistados demonstraram receio de não ser capaz de acompanhar o ritmo de mudança exigido pelo negócio digital. Para 88%, a responsabilidade de criar culturas inovadoras é de seus empregadores.

De acordo com Paul Appleby, vice-presidente de Transformação Digital da BMC, “a ruptura digital maciça que temos vivenciado obriga as sociedades e as empresas a criarem novos ambientes de aprendizado para treinar suas forças de trabalho a fim de que elas consigam atender às demandas do setor digital”.

“Os dados também mostram que os funcionários querem ser agentes da mudança digital e procuram apresentar novas competências, mas pedem que os empregadores ofereçam mais oportunidades de treinamento para atender às necessidades da era digital. Para simplificar, as empresas que tomarem a iniciativa de liderar, hoje, serão aquelas que as outras vão seguir amanhã”, complementa.

A expectativa dos funcionários é que as suas funções e conjuntos de competências mudem consideravelmente até 2020

A pesquisa descobriu que cerca de 47% dos colaboradores globais acreditam que deverão aprender a usar novos software e apps, o que foi observado por 57% dos participantes nos EUA, 58% no México, e 54% na Argentina e também no Brasil. Ao reconhecer que o setor digital tem permitido que as máquinas assumam um papel maior na força de trabalho, muitos funcionários (33%) acreditam que algumas das suas tarefas serão automatizadas até 2020, principalmente em países com interesses predominantes em manufatura, como a China (48%).

Diante das mudanças dinâmicas na forma em como os empregados trabalham à medida que a sociedade digital avança, a pesquisa sugere que muitos deles estão dispostos a abraçar a mudança e aproveitar as novas oportunidades. 74% sentem-se empoderados para fazê-lo, com o maior número de respostas dos trabalhadores argentinos (96%) seguidos pelos mexicanos (93%). Essa flexibilidade requer um ambiente de trabalho em que líderes responsáveis e acolhedores patrocinem culturas inovadoras. 71% dos participantes globais descreveram seu local de trabalho como inspirador, Brasil e México lideram a categoria com 80%. Por outro lado, a Argentina, com 66%, possui os locais de trabalho menos inspiradores, e nem todos enxergam o ritmo e a mudança trazidos pelo negócio digital como positivos para suas funções.

As preocupações crescem porque os trabalhadores têm medo de não conseguir se adaptar com a velocidade necessária

Os trabalhadores reconhecem que a ruptura e o aumento da concorrência exigirão mais pessoas com competência digital para concorrer em escala global. O Brasil é o país mais preocupado com esse assunto e lidera com 58%, à frente do México, com 52%.

Isto indaga a pergunta: quem é responsável por fornecer as ferramentas e competências necessárias para transformar o modo como os funcionários trabalham na economia digital? Os participantes chineses, por exemplo, não acreditam que sejam os únicos responsáveis por garantir que tenham as competências digitais mais modernas (39%). Já os participantes latino-americanos, consideram-se responsáveis por garantir que tenham o treinamento mais atual sobre competências digitais no trabalho: México (63%), Argentina (59%) e Brasil (56%).

Os participantes latino-americanos disseram também que procurariam treinamento durante o período em que estão fora do escritório para cuidar pessoalmente da lacuna nas competências digitais: Brasil e México (64%) e Argentina (59%). Os líderes acolhedores são aqueles que garantirão aos funcionários que estejam capacitados para ter sucesso ou assumir a responsabilidade por adquirir e abraçar as novas competências digitais.

Os funcionários sentem que a responsabilidade por criar uma cultura inovadora é dos empregadores, os quais precisam ser líderes acolhedores e incentivar a mudança

Em âmbito global, os funcionários dos escritórios tem a convicção de que os empregadores precisam criar uma cultura inovadora para retê-los e possibilitar que sejam bem-sucedidos com funções e responsabilidades cada vez mais digitais. Entretanto, o nível de incentivo que os funcionários acreditam receber no momento para impulsionar a mudança no local de trabalho varia muito. Apenas 64% dos participantes nos EUA disseram que se sentem empoderados pela cultura da empresa para liderar a inovação, enquanto 79% dos participantes no Brasil, 80% na Argentina e 90% dos funcionários no México sentem que os locais de trabalho os incentivam a impulsionar a mudança.

O estudo também destaca de que forma a liderança procura obter ideias dos funcionários sobre decisões ou mudanças. No Brasil, este feedback é geralmente recebido em reuniões de grupo (64%) e com menor frequência por app de celular (8%). Nos EUA, pesquisas (40%) e análises de desempenho (57%) são as formas mais comuns de os funcionários de escritórios contribuírem para decisões ou mudanças.

As empresas que não capacitam proativamente os seus funcionários com as competências necessárias para o setor digital, ou que não desenvolvam métodos novos e contínuos para envolvê-los nas sugestões e implementação da mudança, estão propensas a desaparecer.

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