Os gastos das empresas latino-americanas com outsourcing de TI alcançaram aproximadamente US$ 24,9 bilhões no primeiro semestre deste ano, ante os cerca de US$ 21,1 bilhões registrados no mesmo período de 2007, de acordo com um estudo divulgado nesta terça-feira (1/7) pelo Gartner, durante a sua 5ª Conferência Anual de Outsourcing. Mas se forem computadas as despesas das empresas com software, serviços e equipamentos de telecomunicações, a cifra sobe para US$ 241,5 bilhões.
Apesar de ainda bem abaixo do total movimentado pelos mercados americano e europeu, os números, segundo o instituto de pesquisas, demonstram que os gastos com TI na região estão crescendo a taxas mais elevadas que o restante do mundo. Segundo o Gartner, a taxa média de crescimento das despesas com TI na América Latina nos próximos cinco anos deve ser de 7,4%, aí incluído o outsourcing, contra 5,7% em todo o globo.
De acordo com o vice-presidente e diretor de pesquisas para a América Latina do Gartner, Cassio Dreyfuss, nesse contexto, o CIO brasileiro tem começar a pensar cada vez mais como seus pares em outras partes do mundo, que estão se voltando cada vez mais para a gestão de serviços. ?As ofertas que estão chegando a mercado brasileiro são muito mais variadas, com um leque de serviços muito mais amplo. Por isso, o CIO brasileiro tem que desenvolver sua capacidade de gestão de sourcing, ou seja, de gestão de recursos e serviços para suportar os objetivos de negócios?, alerta ele.
Dreyfuss avalia também que o mercado brasileiro já atingiu um elevado grau maturidade em projetos de outsourcing e que existe uma imensa oportunidade para que os prestadores de serviços se tornem uma alternativa aos indianos. Mas para isso, ele observa que as empresas devem se concentrar na oferta de serviços diferenciados e não disponíveis na Índia. "Na Índia não há experiência em mainframe, por exemplo", observa.
