Pesquisa realizada pela Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate) entre suas associadas revelou um crescimento de 326% no faturamento das empresas de tecnologia nos últimos cinco anos. Em 2000, elas registraram faturamento anual médio de R$ 1,7 milhões. No ano passado essa média passou para R$ 5,5 milhões. Os bons números não foram registrados apenas no faturamento, mas também na geração de empregos do setor. Entre 2000 e 2005 o número de profissionais empregados diretamente na atividade cresceu 280%.
A pesquisa é realizada anualmente pela Acate e tem como objetivo traçar um raio X do desempenho do setor de tecnologia da informação e comunicação de Santa Catarina. O último levantamento reuniu as informações do ano de 2005 quando as 85 empresas que participaram da pesquisa tiveram um faturamento de R$ 470 milhões, 19% superior ao registrado em 2004.
Os dados, segundo a associação, mostram o potencial do setor de tecnologia da informação de Santa Catarina, em especial do pólo da Grande Florianópolis onde estão instaladas como Dígitro, Intelbras e Softplan/Poligraph. De acordo com o presidente da Acate, Alexandre D?Ávila da Cunha os dados demonstram que o setor catarinense está crescendo de forma sustentável, acompanhando a tendência mundial de valorização desse segmento. ?Os resultados da pesquisa se devem à competência das empresas de Santa Catarina em atuar em nichos de mercado onde a concorrência é menor e o valor agregado dos produtos e serviços pode ser diferenciado.?
A pesquisa da associação comprova também, segundo Cunha, que, além de contribuir para a economia da região, o setor de tecnologia é um importante gerador de vagas de trabalho. Em 2005 as empresas pesquisadas geraram mais de 6 mil empregos diretos e indiretos, a grande maioria com alta capacitação. Dos profissionais empregados no setor, 65% possuem formação com, no mínimo, nível superior.
Outra característica apontada pela pesquisa foi o perfil das vendas das empresas catarinenses de tecnologia. Aproximadamente 50% dos clientes das empresas pesquisadas são de Santa Catarina, enquanto cerca de 47% estão em outros estados. As exportações catarinenses do setor ainda estão em fase de desenvolvimento, centralizadas em poucas empresas. Pouco mais de 1% do mercado consumidor da tecnologia de Santa Catarina está no mercado externo.