Sustentabilidade: qual futuro queremos deixar para as próximas gerações?

As empresas do mundo todo estão cada vez mais responsáveis e atentas à importância da preservação ambiental para o planeta. Para isso, as organizações estão adotando práticas de Environmental, Social and Corporate Governance (ESG), com o objetivo de conscientizar a sociedade para gerar um impacto menor ao meio ambiente. 

Quando implementada efetivamente, a sustentabilidade empresarial ajuda, inclusive, a melhorar a imagem da empresa diante de seus clientes, visto que os consumidores buscam, cada vez mais, por produtos e serviços que estejam de acordo com o conceito sustentável. 

De acordo com a pesquisa realizada pela IBM Institute for Business Value, com 14 mil consumidores do mundo, 66% dos brasileiros estão dispostos a alterar seus hábitos para contribuírem com o meio ambiente. Em âmbito global, o dado que mais chama atenção é que nove em cada dez entrevistados disseram ter alterado seu ponto de vista sobre a sustentabilidade após a pandemia. Isso mostra que houve uma mudança do ponto de vista da população em relação ao consumo e em como isso pode provocar mudanças no planeta. 

Ainda segundo a pesquisa, 71% dos colaboradores e candidatos a emprego entrevistados afirmaram que as empresas ambientalmente sustentáveis são mais atraentes. Além disso, mais de dois terços de toda a força de trabalho potencial têm maior probabilidade de se candidatar e aceitar empregos em organizações ambientalmente e socialmente responsáveis, apontando que quase metade aceitaria um salário mais baixo para trabalhar nessas organizações. 

É importante ressaltar que a sustentabilidade empresarial não se baseia apenas em projetos, mas sim nas práticas adotadas por organizações que apresentem resultados significativos para o meio ambiente e a sociedade. Como um exemplo de compromisso com ações sustentáveis, algumas empresas cumprem normas como ISO 9001, que monitora os processos e produtos, e o ISO 14001, que foca na medição das características das operações que possam causar impactos significativos sobre o meio ambiente, além de seguirem as certificações de cadeia de produtos FSC e PEFC, que garantem e promovem o manejo florestal sustentável. Tais autenticações comprovam a veracidade das execuções e reforçam o compromisso com o meio ambiente por meio delas. 

O lema “eficiente para a ecologia” sempre foi levado muito a sério pela companhia em que atuo, e isso se aplica tanto aos produtos quanto aos processos de produção. Como resultado, apresenta-se uma maior longevidade das mercadorias, ou seja, algo que dura não precisa ser substituído em curto espaço de tempo, gerando menor consumo de matérias-primas, de emissão de CO2 e, por fim, redução de resíduos. Para garantir que os novos produtos levem em consideração a proteção ambiental, esse princípio está embutido em inúmeras inovações da companhia, como WOPEX, que consiste na reutilização da madeira no processo produtivo; a ABS, que reforça os produtos com um revestimento para aumentar a resistência à quebra; e o DRY SAFE, que permite deixar a caneta aberta por dias sem secar a tinta. 

Isso mostra que desde as indústrias mais conservadoras até as novas startups do mercado, todas entendem a importância e urgência do consumo sustentável e trabalham em ações para provocarem ações de menor impacto ao planeta. No setor de papelaria, onde atuo há mais 20 anos, é possível contribuir de inúmeras formas para promover cada vez mais a sustentabilidade e continuaremos avançando sempre. Tenho certeza que a sociedade entenderá cada vez mais a importância de deixarmos não só um planeta bom para os nossos filhos, mas também em criarmos pessoas boas que respeitem a natureza e cuidem dela com mais carinho. 

Alexandre Facci, pós-graduado em Gestão de Atacado e Distribuição na Fundação Getúlio Vargas (FGV), e atualmente é Manager Director da STAEDTLER Brasil, uma das empresas industriais mais antigas da Alemanha, que faz parte da grande tradição dos fabricantes de lápis de Nuremberg.