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Terceirização sob controle

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O avanço da terceirização por várias áreas da TI nas empresas tem imposto aos CIOs um novo desafio. Agora, mais do que estabelecer contratos de nível de serviço (SLAs) detalhados e rigorosos, eles precisam dispor de métricas e indicadores de desempenho para medir a eficiência e a qualidade dos serviços prestados pelos fornecedores. Isso tem sido particularmente importante em áreas críticas como o outsourcing de desenvolvimento de software, em que a falta de regras e ferramentas de controle tem sido a principal causa dos problemas, segundo o Instituto de Engenharia de Software, da universidade de Carnigie Mellon, órgão responsável pelo desenvolvimento da certificação CMMi (Capability Maturity Model Integrated) para o gerenciamento de projetos de software.

Especialistas no setor são unânimes ao afirmar que é impossível gerenciar de forma eficaz a qualidade da entrega de software sem o uso de métricas confiáveis. Hoje, grande parte dos problemas enfrentados pelas empresas em projetos de desenvolvimento de aplicativos, tanto no caso daqueles feitos internamente quanto dos terceirizados para uma fábrica de software, se deve a erros ainda bastante comuns que muitas delas cometem na condução das etapas de produção, segundo aponta André Gustavo Assumpção, diretor comercial da Cast Informática, empresa especializada na fabricação e desenvolvimento de software.

Entre os principais fatores que impactam negativamente os resultados, Assumpção cita o fato da empresa não ter todas as fases do projeto claramente delimitadas, o uso de métricas inapropriadas e o estabelecimento de SLAs com um caráter meramente punitivo. ?No modelo atual de outsourcing de desenvolvimento de software, o SLA se tornou obsoleto, pois é estabelecido para não ser cumprido?, ironiza.

Métricas

Ao abordar a questão da contratação e gestão de fábrica de software, durante o 3º Seminário Outsourcing ? Inovação em Serviços, patrocinado por TI INSIDE e organizado pela Converge Comunicações, realizado no mês passado, em São Paulo, Assumpção enfatizou que nenhum projeto de desenvolvimento de software pode prescindir de um modelo baseado em métricas objetivas, com processos padronizados que implementam as melhores práticas de qualidade, além de uma relação contratual clara, de modo a gerar previsibilidade e controle ao CIO, ao usuário e a área de compras.

A imaturidade do conceito de fábrica de software é outro fator que contribui para as dificuldades na formulação de contratos de outsourcing de desenvolvimento de aplicativos, segundo o sócio-diretor da TGT Consult, Pedro Luiz Bicudo Maschio. Ele aponta que, ao contrário do que acontece com a terceirização de mainframe, help desk e call center, por exemplo, cujos serviços são oferecidos há mais de dez anos no mercado, o outsourcing de desenvolvimento de sistemas começou há cerca de quatro anos.

?A maioria das fábricas de software não tem padronização e os programadores de código são, no geral, jovens com pouca experiência?, compara. O consultor enfatiza que, mesmo no caso daquelas fábricas de software certificadas em CMMi, é preciso verificar o nível de capacitação. ?Se você olhar as estatísticas da própria Carnigie Mellon, vai descobrir que só obtém benefício do CMMi a empresa que é nível 5. Mas o custo de tempo e dinheiro para se chegar a esse nível é muito alto. Por isso ainda temos poucas empresas nesse patamar no Brasil.?

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