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Vivo perde receita, mas diminui prejuízo

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Um dia depois de anunciar a fusão das 13 subsidiárias na Global Telecom, que passará a se chamar Vivo S/A e será controlada pela holding Vivo Participações, a empresa divulgou os resultados do primeiro trimestre.

O destaque fica por conta do decréscimo de 13,2% da receita líquida – que atingiu R$ 2,594 milhões – em comparação com o último trimestre de 2005.
Um fator que teve forte contribuição para o resultado negativo da companhia entre janeiro e março deste ano foi o aumento dos custos.

Os custos operacionais da operadora saltaram 15,8% no primeiro trimestre de 2005 comparado ao mesmo período de 2006, passando de R$ 2,131 bilhões para R$ 2,468 bilhões.

O PDD (Provisão para Devedores Duvidosos) teve queda de 38,3% em relação ao trimestre anterior, atingindo R$ 161,0 milhões, o que reflete os esforços da companhia em coibir fraudes e inadimplência, embora o mercado esperasse queda ainda maior. O Arpu (receita média por usuário) apresentou uma redução de 12,6% no pós-pago, e 10,4% no pré-pago.

De acordo com o presidente da companhia, Roberto de Lima, o Arpu do pré-pago é em sua maior parte composto pelas receitas de interconexão, que caíram muito, devido à prática das operadoras fixas de desviarem o tráfego fixo-móvel para móvel-móvel, o que se refletiu na queda do Arpu total.

"Estamos fazendo um esforço para manter a receita. Esperávamos que o mercado estivesse um pouco mais comportado, mas mantém os celulares a R$ 1 e coisas de tipo", criticou.

O presidente destaca o bom desempenho da companhia nos indicadores de qualidade da Anatel. "Conseguimos atingir 95,6% das metas de qualidade estabelecidas e a qualidade da prestação de serviço é o que vai fazer a diferença na competição do mercado", diz.
Os pontos positivos são a maior participação da receita de dados, que teve um aumento de 21% em comparação ao mesmo período do ano passado.

O aumento de 12% da base de assinantes em relação ao 1T05, atingindo 30,14 milhões de clientes, número ligeiramente menor (1%) do que no 4T05. E o prejuízo líquido foi de R$ 179 milhões, 32% menor que o registrado no final de 2005.

Ações em baixa

Mas isso não foi suficiente para impedir a frustração do mercado que se refletiu na desvalorização dos papéis da nova companhia. As ações preferenciais (PN) da Vivo Participações obteve, inclusive, a maior baixa do pregão, com queda de 6,22% negociadas a R$ 8,13. As ações ordinárias também fecharam em queda de 2,34% e foram negociadas a R$ 12,50.

Para o Banco Brascan, a frustração se dá porque a receita líquida ficou muito próxima da registrada no mesmo período do ano passado, porém este ano a base de assinantes é maior. Apesar disto, o banco ainda recomenda a compra das ações da empresa. "Para um horizonte de longo prazo, neste primeiro momento ainda vizualizamos as ações da Vivo como uma boa opção, em virtude da recente desvalorização das ações, hoje transacionada a um EV/Ebitda 2006 de 4,5x, apresentando um desconto em relação ao mercado internacional de 48,7%", diz o comunicado.

Para o banco, a elevação considerável dos custos em relação ao mesmo período do ano passado não envolveu nenhum fator extraordinário e isto pode ser um indicativo importante tanto para a empresa como para o setor, isto é, a competição fortalecida no pós-pago e adições ainda elevadas no pré-pago não permitem a recuperação considerável de rentabilidade das companhias.
"Antigamente, o resultado era impactado negativamente pelo aumento dos custos com marketing e subsídios para aquisição de clientes e o que se avaliava é que com a diminuição nos níveis de competição no setor esses custos caíssem. Essa foi a primeira vez na história que a receita de serviços da operadora em um trimestre foi inferior ao do mesmo período do ano anterior (queda de 1,3%). Isso é grave porque a receita de serviços é a base do negócio. Com esse resultado negativo, começamos a reavaliar e por em dúvida a sustentabilidade do negócio a longo prazo", afirma um analista que não quis se identificar

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