A inclusão social do cidadão só vai ser acelerada se houver a inclusão digital. A avaliação é de César Rômulo Silveira Neto, superintendente executivo da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), feita durante o 52º Painel, que acontece até domingo, na Costa do Sauípe, na Bahia.
A produção de conteúdos digitais nacionais e a garantia sua distribuição ao público, aliás, é o eixo dos debates, que contam com a participação de empresários do setor de telecomunicações, representantes do governo e da sociedade civil.
Silveira disse que estão sendo criadas as condições políticas para esse processo. Entre elas, a aprovação do projeto de lei 29/2007, que regulamenta a operação das TVs por assinatura, telefonia fixa e móvel. Um dos pontos polêmicos que tem provocado reações negativas entre as redes de TV por assinatura é o estabelecimento de cotas para a produção nacional dentro da programação.
?Há um movimento importante para criar condições para a produção independente de conteúdos multimídias. Um segundo movimento é a orientação da produção desse conteúdo?, afirma Silveira Neto.
Para o superintendente da Telebrasil, um grande demandante de conteúdo que pode impulsionar o mercado é o próprio poder público. ?Vamos produzir conteúdo para auxiliar a capacitação dos professores no ensino básico, por exemplo. Quem vai contratar isso é o governo, nas três esferas. Eles têm que se conscientizar que precisam investir uma quantidade de dinheiro significativa, botar editais na rua para que esses conteúdos sejam produzidos?, avalia Silveira Neto.
Nesta sexta-feira (6/6), uma das discussões do painel será sobre a implementação do programa de banda larga nas escolas, que prevê até 2010 o atendimento a 56 mil escolas da rede pública. Representantes do Ministério da Educação (MEC), do Conselho de Secretários de Educação (Consed) e das empresas que prestarão o serviço nas escolas reúnem-se para discutir os estágios da implantação do programa.
Com informações da Agência Brasil.
