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Inadimplência afeta resultado da TIM e faz rever metas para baixo

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Os resultados da TIM Participações, divulgados nesta terça-feira, 6, foram negativamente impactados pelo aumento de R$ 95 milhões em provisão para devedores duvidosos (PDD), resultado da inadimplência gerada por uma campanha "agressiva" em canal de televendas.

A provisão fez aumentar o prejuízo da operadora em 454% com relação ao mesmo período do ano passado e, também, derrubou o Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).

O prejuízo do trimestre foi de R$ 107,92 milhões, ante um prejuízo de R$ 19,5 milhões registrado no primeiro trimestre do ano passado. Já o Ebtida caiu para R$ 535,4 milhões, ante R$ 664 milhões apurados no primeiro trimestre do ano passado. A margem Ebtida caiu de 23,4% para 17,9% na mesma comparação. "Os resultados ficaram abaixo da expectativa", reconhece Mario Cesar Pereira de Araujo, presidente da operadora.

Além disso, a receita líquida teve um pequeno crescimento de 5,3% alcançando R$ 2,99 bilhões, resultado da queda de 14,5% na receita líquida de aparelhos. Esse quadro fez com que a empresa revisasse para baixo a estimativa de crescimento da receita líquida total para o ano de 12% para 9%. As demais projeções ficaram inalteradas, inclusive de margem Ebtida prevista em 23% até o fim do ano.

"Com a recuperação do PDD e da receita estamos confiantes em chegar a essa margem", diz Gianandrea Rivolta, diretor financeiro e de relações com investidores.

Excluindo o efeito do PDD a margem Ebtida seria de 21%. A expectativa é que ao longo do ano a provisão para devedores duvidosos volte para a casa dos 6% da receita líquida de serviços, tida como normal pela empresa.

Consultoria

A TIM já está tomando as medidas necessárias para impedir novas perdas com inadimplência no canal de televendas, inclusive com a contratação dos serviços de uma consultoria.

Segundo Mario Cesar Pereira de Araújo, a empresa não pensa em desistir deste canal, porque ele é de baixo custo, mas está investindo em melhorias no processo de análise de crédito. Esses clientes inadimplentes já foram baixados da base, o que pode ser comprovado pela diminuição dos clientes pós-pagos.

No quarto trimestre do ano passado a TIM tinha 6,77 milhões de clientes pós-pagos e no primeiro trimestre de 2008 o número caiu para 6,75 milhões. No total de clientes a empresa adicionou à sua base 1,27 milhão neste trimestre.

O objetivo da contratação da consultoria é identificar oportunidades para redução de custos e revisão dos processos operacionais. Araujo não descarta a hipótese de demissão ou remanejamento de funcionários.

A Arpu também registrou queda no período. Saiu de R$ 34,5 no último trimestre do ano passado para R$ 27,5 neste trimestre. A queda reflete a diminuição do número de clientes pós-pagos.

O custo de aquisição de clientes (SAC) caiu de R$ 124 no primeiro trimestre de 2007 para R$ 117 no primeiro trimestre do ano, resultado da mudança de estratégia da companhia que agora pretende reduzir os subsídios e incentivar as promoções para tráfego dentro da rede e a venda do chip avulso. Os subsídios para clientes de alto valor continuam.

Terceira geração

A próxima cidade que deverá receber os serviços de terceira geração da operadora será Brasília. Segundo Mario Cesar Pereira de Araujo, a rede nas cidades vão sendo ativadas na medida em que a cobertura "fica minimamente aceitável".

"A cobertura em outras cidades depende da velocidade da instalação das redes", disse Araujo sem revelar o road map completo. O executivo aproveitou para comentar o que a empresa chamou no balanço de "desequilíbrio competitivo temporário", que foi o atraso da Anatel em liberar as freqüências de 2,1 GHz para a prestação do serviço.

Enquanto isso, outras empresas como Claro e Telemig lançaram a 3G na faixa de 850 MHz. Mario Cesar explica que o produto TIM Web já foi vendido com modems compatíveis com a terceira geração para justamente atacar este mercado logo no início. Mas como as freqüências demoraram para ser liberadas – devido ao atraso da autorização do TCU – os planos da companhia foram prejudicados.

"Queríamos ter um produto para gerar valor para os clientes da TIM e atrair clientes das outras operadoras. Esse atraso permitiu que a outra concorrente atacasse o mercado", disse ele em óbvia referência à Claro.

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