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Santanna critica teles e recebe apoio de pequenos provedores

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O presidente da Telebrás, Rogério Santanna, criticou duramente o modelo de negócios das operadoras de telecomunicações brasileiras e a atuação delas no segmento de banda larga durante palestra realizada nesta sexta-feira, 6, no Rio de Janeiro. "A banda larga no Brasil é cara, concentrada e lenta", afirmou o executivo, diante de uma plateia formada majoritariamente por pequenos provedores de internet em um evento organizado pela Unotel. Ele apresentou números comparando os preços praticados no Brasil e em outros países no mundo, destacando que mesmo se descontados os impostos os valores cobrados pelas teles brasileiras estão altos. Sobre concentração, disse que apenas 21% dos domicílios do País têm banda larga, a maioria no Sudeste, Sul e Centro Oeste, "enquanto o Nordeste cresce a taxas chinesas nos últimos 10 anos". Quanto à velocidade, 33% das conexões no Brasil são de até 256 kbps e apenas 1% estão acima de 8 Mbps.
Santanna argumentou que não é do interesse das teles promover a expansão da banda larga porque a margem de rentabilidade do negócio de voz é muito maior. Ele estima que 90% da receita das teles brasileiras ainda provém de serviços de voz, enquanto no Japão essa participação é de apenas 30%. "Convergência digital é como reforma agrária: todo mundo é a favor desde que seja no terreno dos outros", comparou, arrancando risos do público. Santanna lembrou que a demanda por banda larga cresce a passos largos, especialmente em razão do número de famílias que ascendeu socialmente para a classe C.
Entusiasmo
Os representantes de pequenos provedores na platéia demonstraram interesse em contribuir para o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). A maioria das perguntas ao fim da palestra era sobre como e quando poderiam começar a comprar capacidade da Telebrás. Houve também quem questionasse que o preço de R$ 230 por link de 1 Mbps fosse mais caro do que o praticado por algumas operadoras em certas regiões. A resposta de Santanna foi rápida: nessas localidades, onde pelo visto há competição, a Telebrás não irá operar.
Outro provedor perguntou se a Telebrás poderia vender apenas o transporte de dados, sem a inclusão de saída para a internet. Santanna respondeu que sim e que, nesse caso, o preço seria mais baixo que R$ 230 por 1 Mbps. Mas o valor seria negociado caso a caso.

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