A Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes) realizou nesta quarta-feira (6/12), em conjunto com a Business Software Alliance (BSA) e com a Entertainment Software Association (ESA), cerimônia de destruição de 1,2 milhão de CDs de programas piratas e de músicas. O evento aconteceu no Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro, e faz parte das comemorações do Dia Nacional de Combate à Pirataria, celebrado no último dia 3 de dezembro.
O material é resultado das mais de 455 apreensões realizadas ao longo de 2006 em todo o país. "Realizamos um trabalho intenso nas esferas educacional, econômica e repressiva para conscientizar a população sobre os prejuízos causados pela pirataria", destaca Jorge Sukarie, presidente da Abes. "Para se ter uma idéia, somente em 2005 o setor perdeu cerca de US$ 766 milhões. Se conseguíssemos diminuir em dez pontos percentuais o atual índice de pirataria, que é de 64%, geraríamos 21 mil novos postos de trabalho e teríamos um crescimento de US$ 4,8 bilhões na economia", explica o executivo.
A iniciativa contou com o apoio da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, do Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP), da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) e da Associação Protetora dos Direitos Intelectuais Fonográficos (APDIF). O Rio de Janeiro foi escolhido para sediar o evento, pois foi o primeiro estado a criar uma delegacia especializada no combate à pirataria. Em julho de 2003, foi criada DRCPIM, cujo objetivo é investigar e reprimir a falsificação e comercialização de bens produzidos ou reproduzidos com violação de direito autoral.
Para a entidade, 2006 foi um ano muito positivo no combate à pirataria. "Tivemos várias conquistas ao longo do ano e fechamos uma importante parceria com o Conselho Nacional de Combate à Pirataria. Esse evento marca todos esses esforços. Esperamos repetir em 2007 o mesmo resultado", finaliza o coordenador do Grupo de Trabalho Antipirataria da Abes, Emilio Munaro.