Publicidade
Início Notícias Gestão Por que a maturidade tecnológica no agronegócio ainda é baixa?

Por que a maturidade tecnológica no agronegócio ainda é baixa?

0
Soybean Field Rows in summer
Publicidade

Apesar da pujança econômica e da renovação da frota de maquinários, o agronegócio ainda engatinha no uso de tecnologias digitais. Em estudo divulgado pela TOTVS, o Índice de Produtividade Tecnológica (IPT) geral do setor ficou em 0,58, em uma escala de 0 a 1, revelando o uso moderado de tecnologias aplicadas à gestão da operação e vendas (ERP). O estudo revelou que apenas 19% dos entrevistados figuram no quarto quadrante, ou seja, com IPT de 0,75 a 1, que reflete uma maior maturidade no uso de tecnologias para maior eficiência na tomada de decisão.

O estudo que avaliou o uso e o aproveitamento de sistemas de gestão integrados e tecnologias complementares, desta vez no setor do Agronegócio.  “O resultado deste IPT mostra que muitas empresas do Agro já reconhecem a relevância do ERP e das tecnologias complementares para a gestão dos negócios. Existe sim um avanço em relação a outros segmentos da economia. Ao mesmo tempo, observamos uma incerteza no que diz respeito aos próximos passos da digitalização, além de uma oportunidade de internalizar melhor os sistemas para alavancarem a produtividade e obterem melhores resultados da operação”, destaca Fabrício Orrigo, diretor de produtos de Agro da TOTVS. 

Em relação à aplicação de tecnologias para a gestão da produção, o estudo constatou que mais de 84% das empresas utilizam sistemas para apoiar a contratação de serviços na unidade de produção e, também, na gestão de custos e mão de obra rural. Mais de 80% das companhias entrevistadas já utilizam soluções fitossanitárias, ou seja, para monitoramento e controle de pragas, e de controle agrônomo. Enquanto 65% utilizam soluções para controle meteorológico e 48% para inventário florestal.

Quanto à gestão de colheita e beneficiamento, mais de 80% das empresas possuem soluções para gestão e programação de colheita, controle e recepção de matéria-prima, logística e transporte. Cerca de 63% possuem uma solução para beneficiamento de produtos agrícolas, 47% para beneficiamento de sementes e apenas 23% para beneficiamento de algodão.

Em relação ao uso de soluções complementares, a pesquisa apurou que 53% das companhias fazem uso de leitor eletrônico de etiquetas, 46% utilizam sistemas para segurança e rastreamento da produção, 40% aplicam BI (Business Intelligence), 39% possuem soluções de mobilidade para coleta de dados e 38% sistemas para interoperabilidade, ou seja, a integração entre máquinas. Por outro lado, o estudo observou ainda o um déficit da integração de outras ferramentas tecnológicas. 69% dos entrevistados apontaram não possuir soluções que utilizam Inteligência Artificial (IA), 58% não possuem um portal agrícola para centralizar informações e demandas e 49% não utilizam ferramentas de telemetria.

“Sistemas de gestão e produção estão entre as ferramentas que mais contribuem para transformar a forma como as empresas agrícolas operam, gerenciando recursos, otimizando processos e maximizando os resultados. Hoje já observamos uma boa adoção de certas tecnologias complementares, porém há muitas oportunidades para aumentar a adoção de outras ferramentas que podem potencializar muito a performance e rentabilidade dos negócios”, reforça o executivo.

Ganho de desempenho

Quando questionadas sobre os ganhos de performance do negócio pela utilização de ERPs, 64% das empresas destacaram acesso rápido às informações para apuração de resultados, 63% garantiram a conformidade com as normas regulatórias, 61% salientaram a agilidade para tomadas de decisão e 58% reforçaram a melhora na gestão dos fornecedores.

Em relação ao ganho de performance na operação, 19% das empresas afirmaram que os ganhos foram percebidos de forma integrada, ou seja, os gestores observaram resultados positivos em todos os critérios da performance de produção. Com a utilização de sistemas especializados para a produção agrícola, 50% afirmaram melhora na qualidade da produção, 49% salientaram otimização na manutenção dos equipamentos e redução de tempo na linha de produção e 47% apontaram a redução da ociosidade do maquinário.

IPT por subsegmento

O estudo da TOTVS considerou sete subsegmentos do agro: 22% produção de sementes; 21% comercialização; 21% produção de multicultura; 19% pecuária; 14% agroindústria; 14% de bioenergia; e 8% processamento e beneficiamento.

O subsegmento com maior média no IPT é o de bioenergia, que obteve 0,67, seguido por produção de multicultura com 0,64. Processamento e beneficiamento, comercialização, agroindústria e pecuária flutuaram na média, variando de 0,54 a 0,57. Enquanto, o subsegmento de produção de sementes apresentou a menor nota no IPT com 0,49.

Perfil da amostra

Para a elaboração da pesquisa, foram entrevistados 350 proprietários e profissionais, em sua maioria da alta gestão, de empresas do agronegócio com faturamento acima de R? 20 milhões, no período de agosto a dezembro de 2023. No detalhe, 41% são empresas de grande porte, 29% de médio e 21% de pequeno porte. Em relação à região que se encontram, 51% das empresas estão no Sudeste, 33% no Nordeste, 21% no Centro-Oeste, 15% no Sul e 7% no Norte do Brasil.

Para conferir o Índice de Produtividade Tecnológica (IPT) de Agro na íntegra, acesse.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.

Sair da versão mobile