Publicidade
Início Notícias Inteligência Artificial Para especialista do IEEE, IA generativa é determinante para transformação digital da...

Para especialista do IEEE, IA generativa é determinante para transformação digital da indústria

0
Publicidade

O setor da Indústria 4.0 no Brasil pode alcançar US$ 5,62 bilhões até 2028, conforme o estudo Monitor da Indústria 4.0, da International Market Analysis Research and Consulting. E as pesquisas para a evolução da inteligência artificial (IA) no país são essenciais nessa direção, segundo o cientista Paulo Miyagi, membro sênior do Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE).

Para ele, a ênfase, no atual momento, é em IA generativa, devido à relação custo/benefício. Miyagi afirma que este tipo de tecnologia tem o potencial de aprender padrões complexos a partir de uma base de dados e otimizar e acelerar processos, reduzindo custos. Ajuda na automatização das funções, que deixam de ser realizadas manualmente, reflete em ganhos para a empresa, que passa a reduzir custos e ganha o aumento da produtividade.

Como professor da Escola Politécnica (Poli)/USP, o especialista faz parte de um grupo de pesquisadores que utiliza a plataforma Inteligência Artificial e Soluções para Manufatura Inteligente (IAsmin) no Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT).
Domínio da IA generativa: estratégico para indústria nacional

O domínio da IA generativa é estratégico para a indústria nacional, garante Miyagi. Tanto que entidades como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e outras similares financiam trabalhos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) na área.

Porém, no cenário da indústria brasileira, não basta investir em IA Generativa e outras tecnologias, alerta. Um outro desafio é demonstrar que a Indústria 4.0 não se resume a aplicações de IA, sistemas de informação e comunicação, robotização, manufatura aditiva, cibersegurança etc. O conceito de Indústria 4.0 é de um ambiente em que todos os ativos desse tipo de atividade econômica são identificados e acessados tanto do ponto de vista lógico como físico pelos envolvidos na concepção, no projeto, na fabricação, na manutenção e no descarte de produtos.

“Isto posto, uma das principais dificuldades no Brasil é a implementação de um sistema que assegure esse ambiente. Como existe o Modelo de Referência para Arquitetura da Indústria 4.0 (RAMI 4.0, na sigla em inglês), o desafio, do ponto de vista prático, é como cada indústria pode fazer essa migração”, afirma Miyagi.

Algumas das linhas de pesquisa com a IAsmin têm o objetivo de viabilizar a transformação digital da indústria brasileira e incluem monitoramento e controle em tempo real, digital twin, interoperabilidade e integração da cadeia, sistemas autônomos, robótica e máquinas-ferramenta. Os trabalhos estão relacionados a diferentes problemas indicados por empresas.

Ainda segundo Miyagi, as principais demandas para a aplicação de IA visando o padrão de Indústria 4.0 no Brasil são: visão computacional, reconhecimento de padrões, coleta e tratamento de dados, automação de dados, integração de cadeia produtiva e segurança cibernética. Além da plataforma IAsmin existem outras iniciativas da FAPESP, do CNPq, entre outras entidades, que reúnem cientistas de universidades e de empresas para fomentar a P&D relacionadas à IA.

O especialista conclui afirmando que o avanço da Indústria 4.0 passa pelo conhecimento dos trabalhos realizados na Plattform Industrie 4.0, desenvolvida na Alemanha, e das propostas de entidades como a Industrial Digital Twin Association (IDTA) e sistemas de classificação padronizados, como o e-cl@ss.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.

Sair da versão mobile