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Teles e emissoras dizem concordar com modelo híbrido

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Operadoras de telefonia celular e empresas de radiodifusão parecem ter hasteado a bandeira branca na discussão sobre a adoção da TV digital móvel no Brasil.

Depois de muita polêmica no passado a respeito do modelo de negócios a ser empregado, os dois setores parecem concordar em se utilizar um modelo híbrido, que comporte a oferta de conteúdo gratuito e também conteúdo pago.

Essa foi uma das conclusões do debate ?Os modelos de negócio da TV digital móvel? realizado durante o 5º Tela Viva Móvel, nesta quarta-feira, 10/5, em São Paulo.

Em sua palestra que precedeu o debate, o diretor de assuntos regulatórios da Claro, Marcelo Pereira, deu o sinal de que as teles não serão inflexíveis quanto ao modelo de negócios da TV móvel: ?Não somos contra a TV digital móvel gratuita?, afirmou.

Depois, ao longo do debate, tanto ele quanto a gerente de serviços de valor agregado da Oi, Fiamma Zarife, afirmaram que entendem que um modelo híbrido é viável. A expectativa é de que o conteúdo gratuito seja dirigido ao consumo de massa, enquanto o conteúdo pago, on demand, seja direcionado ao público de classes sociais mais altas. Roberto Franco, diretor de tecnologia do SBT e presidente da SET (Sociedade de Engenharia de Televião), concorda com a posição.

Canal de retorno

Outro ponto de convergência na opinião dos dois setores é de que o melhor canal de retorno para a interatividade com a TV será a rede das operadoras móveis. ?O radiodifusor não precisa ser dono do canal de retorno. Existem redes mais capacitadas e capilarizadas para isso?, disse o diretor da tecnologia do SBT, Roberto Franco, referindo-se às operadoras celulares.

E acrescentou mais um ponto em que as emissoras precisarão da ajuda das teles: ?os radiodifusores não têm a expertise para fazer billing, atendimento ao cliente etc?.

Outro ponto em que os dois setores precisarão dar as mãos para lançar a TV digital móvel é na construção da rede. Pereira, da Claro, entende que não faz sentido investir em uma rede 100% nova. O executivo defende que haja um compartilhamento da atual infra-estrutura das celulares, aproveitando seus sites. Nesse ponto, contudo, Roberto Franco do SBT lembra que a rede de transmissão das emissoras de TV será a mesma rede de transmissão dos sinais para TV fixa, e que a complementariedade virá no retorno.

Polêmica

Vale lembrar que na primeira edição do Tela Viva Móvel, em 2004, Globo e Vivo protagonizaram a primeira polêmica discussão a respeito do modelo de negócios da TV móvel. Na época, a Vivo não admitia a possibilidade de vender aparelhos celulares que fossem capazes de receber gratuitamente o sinal de TV. Preferia que a transmissão fosse na rede celular.

Passados dois anos e cinco edições do evento, as divergências diminuíram sensivelmente. O debate desta quarta-feira, 10, por sinal, foi marcado por diversas declarações que visavam apaziguar os ânimos e selar definitivamente a paz entre os dois setores.

?A imprensa costuma criar um clima de Fla X Flu entre teles e radiodifusores. A conversa precisa ser desarmada, construtiva?, disse Pereira em sua palestra. ?No fundo somos todos parceiros?, afirmou Franco durante o debate.

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