A Telefónica lança hoje o segundo “Relatório da Indústria do Carro Conectado (Connected Car)”, feito com base em pesquisa no Reino Unido, Alemanha, Espanha, EUA e Brasil que explora as atitudes dos motoristas em relação à conectividade do carro, com opiniões de especialistas da indústria.
O termo Carro Conectado tem sido uma palavra-chave na indústria automotiva há muitos anos, mas o ponto importante é: os consumidores estão prontos? De acordo com o estudo da Telefónica, existe demanda mundial suficiente para os serviços de um carro conectado, com mais de 70% dos motoristas entrevistados confirmando que estão interessados em usar, ou afirmam já estar usando, esse tipo de serviço.
De fato, cerca de metade dos consumidores ouvidos revelam que dão prioridade a acessórios de fábrica ligados à conectividade, como a capacidade de conectar um smartphone, ao escolher um novo carro para comprar. Recursos como sistemas de advertência iniciais, os que reforçam a segurança e os de navegação inteligente são os mais citados, com quase três quartos (73%) dos motoristas apontando os recursos de segurança e de diagnóstico como os mais importantes.
Composto por pesquisa independente e contribuições das seis maiores montadoras automotivas no mundo, o relatório cobre alguns dos assuntos abordados no estudo do Carro Conectado de 2013 da Telefónica, que previu que o número de veículos integrados com conectividade aumentará de 10% do mercado total em 2013 para 90% em 2020. O novo relatório traz a visão, sob a perspectiva de motoristas, sobre a maior transformação da indústria de carros em um século, detalhando oportunidades, desafios e previsão de tendências para o setor.
As principais tendências identificadas pelo relatório incluem:
1. Existe demanda global suficiente para os serviços de carro conectado, com 71% dos motoristas entrevistados mostrando-se interessados em usar ou já estarem usando esses serviços.
2. 80% dos consumidores esperam que o carro conectado do futuro ofereça a mesma experiência de conectividade que estão habituados em casa, no trabalho e em qualquer lugar, utilizando o telefone celular.
3. Em todos os mercados pesquisados, houve consenso quanto aos recursos mais exigidos: segurança, sistemas de advertência iniciais e navegação mais inteligente. Entre os entrevistados, 77% escolheram os recursos de segurança e diagnóstico como os mais importantes, dando uma clara indicação das áreas nas quais esperam que os serviços conectados estejam focados no futuro. Os modelos de seguro de veículo com base no uso também são muito comuns, com 54% dos motoristas no Reino Unido escolhendo-os como um dos recursos do Carro Conectado no qual eles estariam mais interessados.
4. Em média, 35% dos motoristas esperam não possuir seu carro próprio em 2034, e, ao contrário, previram que estariam utilizando opções alternativas, como os serviços compartilhados de carro.
5. Para 60% dos entrevistados, o painel de instrumentos é a forma preferida para acessar os serviços conectados, particularmente em relação à segurança, navegação e diagnóstico do veículo.
6. Os motoristas de diferentes países preferem pagar pelos serviços conectados de formas diferentes. A maioria dos motoristas espanhóis prefere pagamento único (49%), enquanto que os dos Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido preferem a conectividade básica com opção de escolha. Os brasileiros estão divididos entre a última opção e o modelo full-on PAYG, sugerindo um grau de flexibilidade não visto em outros países.
Pavan Mathew, diretor global de Carro Conectado da Telefónica, afirmou que “considerando o Carro Conectado sob a perspectiva de um motorista, está claro que a demanda por serviços conectados é inquestionável. Embora estejamos apenas saindo da linha de partida, as pessoas estão prontas para o serviço e sabem o que desejam”.
Segundo Mathew, “muitos consumidores atualmente analisam os serviços de carro conectado em termos de infoentretenimento e Wi-Fi, mas isto se torna diferente quando os mesmos se conscientizam da variedade de opções que a tecnologia pode oferecer. Segurança e diagnóstico parecem ser os recursos mais atraentes para os motoristas. Assim, fatores como segurança na estrada e manutenção do veículo são importantes nas decisões de compra do consumidor.”
“Podemos esperar um avanço gradativo de conectividade nos veículos nos próximos anos, mas não haverá uma explosão nos próximos 12 meses”, disse o executivo. “A justificativa para isto está na complexidade dos desafios que a conectividade está tentando abordar. Embora os fabricantes de veículos ainda tenham um caminho a percorrer antes de romperem o seu papel tradicional de fabricante e se tornarem um provedor completo de serviço conectado, certamente eles têm uma forte base confiável para seus desenvolvimentos”, completou.
No início deste ano, a Telefónica anunciou um acordo com a Tesla, o fabricante líder mundial de veículo elétrico (EV), para fornecer conectividade para o Modelo S da Tesla na Europa.