Foxconn volta a contratar, após onda de suicídios

Depois da onda de suicídios entre seus funcionários, a chinesa Foxconn, fabricante de eletrônicos em regime de terceirização, anunciou nesta quarta-feira, 18, que vai contratar 400 mil empregados nos próximos 12 meses. A companhia ainda tem planos de construir fábricas mais próximas aos centros urbanos, como parte de sua política para melhoria das condições de trabalho.
No início do ano, alguns funcionários da Foxconn suicidaram por conta dos baixos salários, cargas horárias extensas e más condições de trabalho. Para tentar conter os suicídios, a companhia anunciou aumentos salariais que chegaram a 100% e decidiu terceirizar o controle dos alojamentos dos empregados (veja mais informações em "links relacionados" abaixo).
Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta, a companhia afirmou que pretende ter ente 1,2 milhão e 1,3 milhão de funcionários e reduzir o número de empregados da unidade de Shenzen, onde aconteceram os suicídios, de 470 mil para entre 300 mil e 350 mil nos próximos cinco anos. De acordo com dados da própria Foxconn, 12 funcionários cometeram suicídio neste ano e outros dois tentaram, mas foram impedidos a tempo.
A empresa declarou que contratou psicólogos e consultores para trabalhar junto aos funcionários e averiguar formas de melhorar as condições de trabalho de suas unidades. Ela diz que a meta é reduzir a carga horária mensal de 80 para 36 horas e instalar 3,5 milhões de metros quadrados de redes de segurança para impedir os suicídios. Com informações do The Wall Street Journal e do Financial Times.