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Cai a procura por curso superior de TI, diz Unesp

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Enquanto as empresas de TI sentem na pele a dificuldade para encontrar profissionais capacitados, aumenta o índice de evasão nos cursos superiores do setor. Dados apresentados pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), sediada em Bauru, mostram que a formação não acontecerá no mesmo ritmo esperado pelo mercado.

Eduardo Morgado, professor responsável pelo departamento da Unesp, informou que os cursos de TI estão perdendo o charme na universidade, que em posição de destaque no ranking do Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes), promovido pelo Ministério de Educação. Ele fez essa declaração durante o seminário ?A Indústria de Serviços de TI ? desenvolvimento de software, exportações e competitividade?, realizado na semana passada em São Paulo.

De acordo com o professor, a evasão nos cursos superiores de TI chega a 68% e a procura por algumas das formações da área vem registrando queda de 20% ao ano. Com esse quadro a disputa para entrar na Unesp ficou mais fácil e a briga é de 2,2 candidatos por vaga.

A explicação do professor para esse quadro é que os jovens preferem fazer cursos rápidos que levam de seis meses a um ano que ficar entre quatro e cinco anos sentados nos bancos da universidade. Ele reconhece que muitos cursos TI não estão em linha com as exigências de um mercado muito dinâmico em que as tecnologias mudam a cada seis meses.

A universidade tem dificuldade para acompanhar esse ritmo frenético da indústria. Por esse motivo, o professor calcula que o déficit estimado de profissionais no mercado esteja em 50 mil. Ele conta que a Unesp tem buscado parceria com vários fornecedores para manter seus alunos atualizados e os ncentiva a estudar inglês com viagens para congressos da indústria no exterior.

Mas a dura realidade é que menos de 20% dos alunos de TI da Unesp dominam a língua inglesa. ?Eles conseguem ler, mas não têm fluência para falar, o que é essencial na hora de desenvolver um projeto?, afirma o professor.

Mesmo com essas dificuldades, Morgado diz que os alunos dos cursos de TI são muito disputados pelo mercado. Tanto é, que alguns fecham pré-contratos de trabalho seis meses antes de se formarem.

?As empresas fazem propostas em julho para ter a certeza de que o aluno não irá trabalhar para outra companhia quando se formar em dezembro?, diz o professor.

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