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Produtos de telecom puxam déficit do setor eletroeletrônico

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A balança comercial de produtos do setor eletroeletrônico apresentou déficit US$ 9,11 bilhões nos primeiros oito meses deste ano. No período, as exportações totalizaram US$ 6,02 bilhões, enquanto o volume de importações atingiu US$ 15,13 bilhões, de acordo com levantamento da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). A entidade ressalta que o saldo negativo ficou próximo do registrado no ano inteiro de 2006 (US$ 9,73 bilhões), e superior aos ocorridos nos demais anos anteriores.

Em relação ao mesmo período de 2006, as exportações não sofreram variação e as importações cresceram 16,8%. Apesar da forte retração (26%), os telefones celulares permanecem como o produto mais exportado pelo setor. Entre os produtos mais importados, os semicondutores continuam liderando a lista. Para este ano, os estudos da Abinee indicam que o déficit chegará a US$ 12,5 bilhões.

Das oito áreas que constituem o setor eletroeletrônico, as exportações de cinco delas cresceram e de três caíram, em relação a janeiro a agosto de 2006. O desempenho foi inibido principalmente pela retração das vendas externas de telefones celulares, que passaram de US$ 1,8 bilhão, em janeiro a agosto de 2006, para US$ 1,3 bilhão, nos primeiros oito meses deste ano. O estudo ressalta que, mesmo com a queda, os celulares permaneceram na liderança das exportações da indústria eletroeletrônica.

A queda nas exportações de bens de informática, apesar de apontar taxa significativa (-18,3%), causou menor impacto sobre o resultado da indústria do setor. A queda das vendas externas desses bens totalizou US$ 49,9 milhões, enquanto que a redução do montante exportado de telefones celulares foi de US$ 453 milhões.

A valorização do real em relação ao dólar, segundo a Abinee, continua preocupando os fabricantes do setor, pois acarreta em perda de competitividade da indústria eletroeletrônica do país, favorecendo as importações e prejudicando as exportações. O estudo enfatiza que, no acumulado de janeiro a agosto de 2007, a valorização cambial atingiu 8% na comparação com o mesmo período do ano passado. Mesmo assim, o crescimento do mercado mundial tem beneficiado as exportações de algumas empresas do setor.

Ainda em relação aos primeiros oito meses do ano, ao retirar os telefones celulares do total da indústria eletroeletrônica, as exportações dos demais produtos do setor cresceram 11% no período citado. As exportações de componentes elétricos e eletrônicos somaram US$ 2,1 bilhões, representando mais de um terço do total do setor.

No acumulado de janeiro a agosto de 2007, as importações somaram US$ 15,1 bilhões, com incremento de 16,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior. As importações de componentes elétricos e eletrônicos (+8,8%) atingiram US$ 8,7 bilhões, participando com 57% do total do setor. Porém, notou-se que as importações desses itens apontaram taxas de crescimento mais modestas do que das compras externas de bens finais

A retração de 5% das importações de semicondutores, e de 4% de componentes passivos, amenizou o crescimento das importações de componentes, segundo a Abinee. Por outro lado, destacou-se o incremento de 39% de componentes para informática e de 5% de componentes para telecomunicações.

As áreas de automação industrial, equipamentos industriais, informática, telecomunicações e de utilidades domésticas também tiveram participação expressiva no total das importações do setor, que, além de apresentarem montantes significativos, também registraram altas taxas de incremento. Mas o maior destaque permaneceu com a área de telecomunicações (+63,3%), que contou com o acréscimo de 114% nas importações de aparelhos de radiodifusão.

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