A área de recursos humanos das empresas passa, atualmente, por uma fase de transição onde a atuação predominantemente operacional muda para modelos mais estratégicos de gestão de pessoas, aliados ao uso da tecnologia da informação. Diante deste cenário, o diretor e membro da equipe do Google’s People Analytics, Brian Welle, que lidera uma equipe de analistas do gigante das buscas, ressaltou a importância e vantagens de se utilizar ferramentas analíticas para uma gestão de pessoas eficaz e como método de incentivo aos funcionários a tomarem melhores decisões em prol dos negócios das empresa. O executivo realizou apresentação no Conarh 2013, maior evento de gestão de pessoas da América Latina, realizado esta semana em São Paulo.
Segundo Welle, quando entrou na companhia, em 2006, a área de RH do Google enfrentava alguns desafios como em relação a eficiência dos recrutadores, bem como dúvidas sobre a qualificação das pessoas que eram contratadas. Diante disso, sua equipe começou a introduzir métricas de desempenho como indicadores para melhoria nos processos de negócio. “Em um primeiro momento fizemos uma enquete aos candidatos que eram entrevistados para possíveis vagas, questionando-os sobre a qualidade do processo de recrutamento e contratação”, contou. A partir daí, as métricas começaram a ser utilizadas para mensurar a qualificação dos gerentes da empresa, definindo sua performance e qualificando-os como bons ou maus profissionais.
Através de uma enquete realizada duas vezes ao ano, o índice de bons gerentes, com base na opinião dos colaboradores do Google, cresceu de 83%, em 2010, para 88% no ano passado. “Com o uso adequado de ferramentas para gestão de pessoas, tanto no recrutamento, como no gerenciamento do trabalho feito pelos colaboradores, os funcionários são incentivados e conseguem tomar decisões estratégicas sozinhos, além de fazer com que o nível de rotatividade dos mesmos seja menor”, explicou.
Atualmente, o Google possui 40 mil funcionários em 40 países. A equipe de RH do gigante das buscas é composta por especialistas em recursos humanos e pelos chamados “data geeks” ou “gênios da computação” que, como descreveu Welle, adoram números e tecnologia. “É importante garantir que o funcionário saiba seu papel na empresa e dar voz a ele na tomada de decisões estratégicas”, concluiu.
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