Publicidade
Início Notícias Brasil pode ser segundo maior exportador de TI do mundo

Brasil pode ser segundo maior exportador de TI do mundo

0
Publicidade

A excessiva carga tributária nacional é um entrave ao desenvolvimento do setor de tecnologia da informação e comunicação (TIC) no Brasil. A crítica é do presidente da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), Antonio Gil, ao ressaltar que o peso dos impostos, além de onerar os serviços de TIC, limita a sua expansão.
Segundo ele, na comparação com outros países, o setor no Brasil ainda é 53% mais caro do que na Índia, por exemplo. "Por uma série de razões. Você tem a questão fiscal, a carga de impostos. No âmbito estadual, tem o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que pressiona as comunicações, elementos fundamentais à indústria, com 40% de impostos", apontou.
Mesmo com os tributos diretos e indiretos, Gil observa que o Brasil subiu da décima posição em 2005 como o principal destino para serviços de TIC para o quinto lugar em 2007, de acordo com relatório produzido pela consultoria internacional AT Kearney.
De acordo com Gil, o país tem condições de disputar o segundo lugar no ranking mundial com países como México, Rússia, China e Filipinas, ficando atrás apenas da Índia.
"O Brasil atualmente é o oitavo maior mercado interno de TIC, mas ainda apresenta participação reduzida no mercado exportador porque o custo da mão-de-obra é mais alto do que na Índia."
O presidente da Brasscom assegurou que a crise internacional passou ao largo do setor de offshore outsourcing (modalidade de terceirização de serviços feita fora do país de origem). Segundo ele, isso ocorreu porque a grande vantagem de fazer alguma coisa em offshore outsourcing é que fica mais barato do que fazer no próprio país. "As empresas estão buscando redução de custos para enfrentar a situação de crise. E o Brasil tem mão-de-obra competente para fazer esse trabalho e é mais barato do que em países como os Estados Unidos", observou.
NO ano passado, o setor foi ajudado pela desvalorização do real, que tornou a mão-de-obra brasileira mais competitiva, explicou Gil. O executivo acredita que neste ano o setor será beneficiado por uma nova lei que reduz em 50% a contribuição do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para empresas exportadoras e elimina a contribuição para o Sistema S (formado por entidades como Sesi, Sesc, Senai e Senac, entre outras), além de permitir a dedução em dobro dos gastos com capacitação de pessoal e pesquisa e desenvolvimento no Imposto de Renda. "Isso tornou a mão-de-obra mais competitiva, mas ainda não somos competitivos em preço", resumiu.
De acordo com Gil, o Brasil tem a seu favor a proximidade geográfica com os principais mercados consumidores, como os Estados Unidos, o que não ocorre com a Índia. Contam também a favor do Brasil na terceirização de serviços a questão cultural e a ausência de fenômenos como o terrorismo.
Gil destacou ainda que o Brasil tem o sistema de votação eletrônica mais avançado do mundo e, da mesma forma, os sistemas financeiros do país são os mais avançados no uso de TI. "Esses fatos colocam o país como uma alternativa à Índia em termos de terceirização de serviços de TIC", argumentou.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.

Sair da versão mobile