O Google gastou US$ 9,68 milhões com atividades de lobby no ano passado nos Estados Unidos. A cifra é 88% superior à despesa do ano anterior, o que revela a importância dada pela empresa a essa prática para defender seu modelo de negócio. Os dados são do Lobbying Disclosure Act Database, banco de dados disponível para consulta na internet sobre a prática de lobby no país.
A empresa solicitou a ajuda de várias empresas especializadas em campanhas de pressão para explicar aos responsáveis da política seus pontos de vista sobre privacidade, a proteção dos direitos autorais e concorrência entre os diversos buscadores na internet.
A lista de influentes empresas que trabalham a serviço da Google inclui a Akin, Gump, Bingham McCutchen, Brownstein Hyatt Farber Schreck, Chesapeake Group, The Madison Group e The Raben Group. Somente com a Bingham McCutchen e a Brownstein Hyatt Farber Schreck, a empresa gastou quase US$ 400 mil no ano passado – US$ 180 mil com a primeira e US$ 200 mil com a segunda.
Diferentemente do Brasil, nos Estados Unidos o lobby é uma prática legal e comum. Ele é encarado como uma demarcação nítida da representação em nome de empresas para negociações com políticos, sendo uma atividade regulamentada e com regras específicas. A justificativa do Congresso americano é que a institucionalização do lobby impede o pagamento de propinas ou o uso de outros métodos ilegais.