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Mais de 800 instituições participam do Open Finance, segundo o BC

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O Open Finance é uma tendência que deve ter um constante crescimento nos próximos anos. De acordo com o Serasa Experian, ele pode incluir 4,6 milhões de pessoas no mercado de crédito e injetar pelo menos R$ 760 bilhões na economia.

Um relatório do Banco Central mostra que já existem mais de 800 instituições participando e 6,7 milhões de consentimentos ativos. Segundo o relatório publicado pela Allied Market Research, o Open Finance é uma tendência mundial — os dados mostram que o mercado global de open banking deve atingir US $ 123,7 bilhões até 2031.

Ainda existem, porém, desafios que precisam ser superados para que o mercado seja ampliado, como a transmissão de dados entre as instituições e a padronização no armazenamento dessas informações.

No Open Finance, a troca de informações é feita através de APIs (sigla em inglês para Interface de Programação de Aplicações). Foi definido um conjunto de especificações para as conexões, porém ocorreram divergências na construção de cada API.

Conforme dados compilados pelo Grupo de Trabalho de Especificação do Open Finance, em maio, 4,30% do total de chamadas às APIs falharam, ou 14,3 milhões. A padronização das informações ainda é um desafio, visto que muitas vezes as instituições dão nomes diferentes para os mesmos produtos, ou armazenam dados em formatos também diferenciados.

Além disso, para garantir a segurança das informações compartilhadas, a infraestrutura por trás do Open Finance precisa rodar em ambiente completamente regulado, com autorização, autenticação e confirmação durante todo o processo. Desse modo, é necessário extrapolar as garantias oferecidas pelas APIs , com utilização de criptografia e gestão sobre a responsabilidade de cada participante sobre os dados.

A tecnologia e soluções específicas para atender essas demandas com mais segurança e agilidade podem colaborar muito nesse processo. A RTM, empresa da Anbima e da B3 que hoje é o principal hub integrador do mercado financeiro, fez uma parceria com a startup de infraestrutura para Open Finance, Lina. Dessa forma nasceu uma solução para operar totalmente em um ecossistema regulado, e que contempla uma maior agilidade na leitura e compartilhamento de dados.

“É possível acelerar a integração de sistemas e o compartilhamento seguro de dados com tecnologia que atende às exigências regulatórias. A solução é certificada para conectar as instituições financeiras de forma rápida e simples, e dispõe de módulo de inteligência artificial e análise para o tratamento desses dados. “A plataforma SaaS da Lina está na cloud da RTM, única dedicada exclusivamente ao setor financeiro, conferindo ainda mais segurança”, conta Adriane dos Santos Rêgo, diretora de Novos Negócios e Inovação da RTM.

A solução Data Pull possui a certificação FAPI RP e conecta automaticamente as instituições que aderiram ao Open Finance, cobrindo desde a ponta regulatória até o consumo inteligente de dados, evitando que cada uma delas desenvolva essa integração individualmente, assim como se preocupe com a manutenção ou a necessidade de lidar com diversos fornecedores.

“O módulo de inteligência artificial e Big Data permitem que a instituição financeira cliente processe e qualifique os dados obtidos e desenvolva negócios a partir do Open Finance, fazendo a prospecção mais assertiva de clientes, gerando aumento das taxas de ativação, e reduzindo custos de aquisição. Além disso, permite a automatização de processos de onboarding e abertura de contas com redução de fraudes, o aumento das taxas de aprovação de crédito com redução do risco das operações, a iniciação de transação de pagamento por ITP e o encaminhamento de proposta de operação de crédito (EPOC) por Correspondentes Digitais”, frisa Márcio Castro, CEO da Lina.

Clientes ainda possuem dúvidas

Com o Open Finance, as informações financeiras são descentralizadas, passando para o cliente a opção de compartilhamento dos seus dados entre as instituições. Isso deve reduzir a burocracia para contratação de serviços e também o tempo que essas solicitações levam para serem analisadas. Nessa nova etapa, também conhecida como Open Investiment, informações de câmbio, investimentos, previdência e seguros passarão a ser divididas entre as instituições.

Porém, outro ponto que pode impactar o avanço do Open Finance são as dúvidas dos clientes em relação à segurança dos seus dados, quais e como serão compartilhados. Nesse cenário, é importante entender que o proprietário do dado é a pessoa, seja ela física ou jurídica, e é ela que controla como isso será compartilhado com os outros participantes.

“Esse cliente também tem autonomia para revogar a utilização dessas informações a qualquer momento. Um dos pilares do Open Finance é a LGPD, que regula e orienta as formas adequadas e seguras para compartilhamento de informações, sempre partindo do consentimento do usuário”, explica Renan Barcelos, gerente de Segurança da Informação da RTM.

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