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Indústria eletrônica japonesa deve buscar consolidação, diz ex-CEO da Sony

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A indústria japonesa de eletroeletrônicos deve passar por um processo de consolidação para se manter competitiva. A opinião é do ex-presidente da Sony, Nobuyuki Idei, um dos principais dirigentes do setor. "No passado, o Japão já foi criticado por ser um país com um número demasiado de bancos, agora há um excesso de empresas de eletrônica", disse ele ao jornal britânico Financial Times.
Segundo Idei, além de um grande negócio deve acontecer no setor ainda neste primeiro trimestre – que é compra da Sanyo Eletric pela Panasonic, por 807 bilhões de ienes (o equivalente a US$ 9 bilhões) –, a desaceleração econômica abre oportunidades para mais fusões e aquisições. Na opinião dele, um dos fatores que deve impulsionar novos acordos entre as empresas japonesas é a valorização de 73% do iene em relação ao won coreano desde o início de 2008, o que torna menos competitivas as exportações japonesas.
O executivo, que dirigiu a Sony de 1999 a 2005, criticou o governo do primeiro-ministro Taro Aso e o Banco do Japão por não tomarem nenhuma medida para conter a sobrevalorização da moeda. "O primeiro-ministro Aso visitou a Coréia do Sul, mas não encontrei nenhuma evidência de que eles falaram sobre o iene", disse Idei. E completou: “Eles falaram de livre comércio, em vez de tratarem da questão do nível de valorização do iene frente ao won”.
A questão da moeda é não o único problema que as empresas terão de gerenciar daqui para a frente. Idei teme também que a escassez de crédito pode causar prejuízos significativos para as indústrias de capital intensivo do Japão. "O foco da mídia tem sido sobre o emprego, mas do ponto de vista de gestão o investimento é mais importante", disse ele. O executivo ressaltou ainda que a indústria não deve se concentrar apenas na produção de automóveis e televisores, mas misturar produtos com outros serviços, a fim de se destacar.
Para o futuro, Idei diz que a indústria não deve se concentrar em eletrônicos que se limitam a processar informações, mas entender o que ocorre no mundo e, em seguida, atuar sobre esse cenário.
Como exemplo ele citou o videogame Wii da Nintendo, que usa acelerómetros para detectar a forma como um usuário está se movimentando. E é justamente o conglomerado de companhias de tecnologia baseadas em Kyoto, incluindo a Nintendo, que faz Idei confiante no futuro da indústria eletrônica japonesa.
Para ele, as competências e as tecnologias japonesas são um complemento, e não rivais, ao crescente poder das tecnologias da China e da Índia. Idei vai organizar um fórum, por meio de sua consultoria Quantum Leaps, batizado de Asia Innovation Initiative, para discutir a cooperação entre as empresas japonesas e da Ásia. "Acho que deve haver alguma maneira para o Japão de trabalhar com esses países", disse.

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