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Cenário e desenvolvimento de IoT no Brasil

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Teve início nesta terça-feira, 25,  sétima edição do  IOT Business Forum 2023, promovido pela TI IINSIDE, que esse  ano teve apoio da ABINC, com o objetivo de discutir as iniciativas necessárias para o desenvolvimento de Internet das Coisas (IoT) no Brasil e quais as perspectivas para expansão do mercado, além dos principais  desafios técnicos, comerciais e regulatórios para sua viabilização.

Paulo José Spacca, presidente da ABINC – Associação Brasileira de Internet das Coisas falou sobre a atuação da entidade no Brasil  junto a sociedade civil e governo, bem como seu impacto no mercado e na educação.

Explicou que Internet das Coisas, por princípio, não é uma tecnologia e sim um conjunto de tecnologias que recebe o nome de IoT, porque ela parte do princípio que por meio de um device (sensores)  se possa coletar dados que são  enviados pela internet, passam por uma nuvem, um repositório e enfim são analisados, gerando informações para o  negócio. “Então com esse conjunto de passos é possível fazer este dado virar uma informação para o negócio  ao  que chamamos de Internet das Coisas, porque tem várias coisas conectadas, como por exemplo, o sensor de uma máquina ou sensor de um equipamento de agro”.

“Dessa forma é possível que o ecossistema consiga se conectar para fazer negócio. E o papel da ABINC é de promover todos os players de uma maneira somatória, para que se consiga ter uma solução que atenda uma necessidade específica de negócio.

Segundo José Gontijo, especialista e ex-secretário de empreendedorismo e inovação do MCTI, assegura que  todo o processo para expansão de uso do IoT começa com a evangelização, a fim de aumentar a  consciência para a produtividade e qualidade de vida. “O IoT é sim um conjunto de tecnologias, porém é um meio habilitador para outras tecnologias entre as quais podemos citar  IA e outras. E a partir do momento que vamos replicando o desenvolvimento das experiências bem-sucedidas de um setor para outro, se amplia o conhecimento e a aderência”, reiterou.

“E importante ressaltar que o uso do IoT não é uma solução que busca  um problema e sim o contrário.  É preciso que os gestores tenham em mente que ao alcançar uma solução todo o  investimento fará sentido e deve fazer  O uso de tecnologias inovadoras  permite que se faça uma abordagem avaliando as características particulares de cada cliente e de cada projeto para só assim dar prosseguimento seja qual for o projeto”, assinalou.

Da mesma forma José Felipe Otero, Vice-presidente para a América Latina e Caribe da 5G Americas, reforçou a ideia da IoT ser uma tecnologia catalisadora e habilitadora das demais tecnologias.

Para ele, o 5G veio para impulsionar  a IoT e com isso possibilitar novos modelos de negócios. A assinalou que muitos países latino-americanos estão buscando meios mais baratos de conectividade  a fim de viabilizar  o grande volume de dados gerado pelos dispositivos a fim de em, última análise,  dar o arcabouço necessário para implantação dentro desses projetos do uso de IAI, cloud, analytics , acelerando o uso da tecnologia, e suportando vários  segmentos que estão abarcado pelos pilares identificados pela ABINC para avanço do mercado.

Pesquisa sobre IoT no Brasil e América Latina.

Na palestra especial da 7a. edição do IoT Business Forum, Renato Pasquini, Vice-presidente de Pesquisa, IoT, Edge e Serviços Digitais da Frost & Suliivan apresentou os resultados desse estudo realizado no Brasil no final de 2022, a fim de ajudar, como salientou a  dar insights  ao mercado de sobre a tecnologia ao mesmo tempo de mostra as transformações ocorridas nos negócios e as perspectivas a serem esperadas para os próximos anos.

O Estado atual da IoT estima que em 2022 havia 35,37 bilhões de dispositivos de Internet das Coisas (IoT) globalmente. 1 Mais de 51% do total de conexões foram relacionadas a aplicações de automação predial, segurança e vigilância. As conexões restantes foram fragmentadas em vários setores e aplicações, incluindo fábrica e automação industrial, rastreamento de ativos portáteis e monitoramento de ativos fixos.

Além disso, o IoT além de 2023: principais forças por trás da escala. Com 41,76 bilhões de dispositivos ativos conectados à IoT previstos globalmente em 2023,  o estudo diz que se espera um aumento na demanda por soluções IoT, impulsionando um crescimento de 18% nas conexões em comparação com 2022. Os principais impulsionadores dessa expansão incluem a aceleração dos processos de automação, as empresas continuando seus jornada de transformação digital, a recuperação das cadeias de valor após os impactos econômicos da pandemia de COVID-19 e o lançamento de redes de conectividade 5G.

No mais a pesquisa também aborda tópicos como a  segurança e vigilância como  aplicativos que lideram a adoção de tecnologias IoT,  a sua importância na automação industrial e processos de fabricação inteligentes, bem como o papel da  IoT no metaverso e nas experiências imersivas e  evidencia a   computação de borda de acesso múltiplo na vanguarda da inovação dentro desse espectro.

As tendências de IoT do setor incluem sustentabilidade, pagamentos digitais e LPWANsA IoT também levará os projetos de grande escala nas verticais de serviços públicos, agricultura e cadeia de suprimentos um passo adiante, graças às redes de área ampla de baixa potência (LPWANs). No entanto, em 2023 e além, as empresas adotarão uma abordagem inovadora com a complementação de tecnologias LPWAN, como celular e proprietária, e outras tecnologias IoT, como conectividade via satélite IoT.

Por fim, o vice-presidente da Frost & Sullivan destacou que  à medida que as cidades se tornam mais integradas digitalmente, o uso de pagamentos digitais aumentará e a IoT desempenhará um papel crucial.

Como viabilizar IoT no agronegócio

Encerrando o primeiro dia da sétima Edição do  IoT Business Forum, uma redonda discutiu a aplicação da tecnologia no agronegócio, apresentando uma visão realista sobre quais os benefícios da conectividade no campo e o atual  estágio de adoção de IoT; seus desafios para sua expansão  e a formação de profissionais para o mercado agrotech.

Como observou Ariel Souza, Head de Tecnologia da Usina São Domingos  para as empresas que utilizam com tecnologias  disruptivas como o IoT a adoção ocorre por setores, embarcada nos produtos ou feita especificamente em alguns projetos, porém ele assegura que o Brasil está na vanguarda utilizando  a tecnologia na prática.

Na sua experiência, Ariel Souza identifica alguns desafios como da interoperabilidade e na padronização como forma de melhor utilização dos dados auferidos por meio dos dispositivos. Ele alerta também para as dificuldades de conectividade, visto as grandes extensões territoriais no campo  e como apesar do fácil replicamento da tecnologia ainda esbarra em entraves de infraestrutura.

“Vale ressaltar que soluções  existem em quantidade e de alto nível, de fácil aquisição, entretanto o problema são os custos, que  mais afeta o agribusiness. O ideal é ter equilíbrio para se ampliar o acesso seja na agricultura quanto na pecuária”, reforçou.

Caio Fortes, especialista de Tecnologia Agrícola da Syngenta que atua  na aplicação da tecnologia, a fim garantir eficiência dos produtos, concorda que a questão dos custos é desafiadora para o setor, mas afirmou  que ele identifica um desejo das empresas  em ter o IoT a seu favor. “A expectativa dos produtores  é alta, mas ainda têm problemas de infraestrutura , regulação entre outros entraves de projeto para que expansão tecnológica ocorra  O valor da terra tem que ser otimizado pela  agricultura de precisão que dessa forma  regula e direciona as ações graças às tecnologias para onde se necessita”, exemplificou.

Fábio Jardim. gerente sênior de tecnologia na Logicalis, empresa que possui um grande  portfólio de soluções de IoT para vários segmentos,  reforçou a ideia que a  padronização  deve  preceder a instalação de  sensores. “Quais as  tecnologias devem ser adotadas independem do que se pode julgar como certo ou errado.  É importante ter uma visão das diferentes camadas necessárias para a implementação do IoT e ter uma visão de plataformas , sabendo que  vão evoluir e  novos casos de uso e gestão da infraestrutura  irão se desenvolver. Embora muito  ainda está em construção  quanto às aplicações, existe um ecossistema  que permeia a tecnologia e desafios a serem enfrentados”, disse.

Concluindo a discussão,  Anderson Alvarenga, diretor de mercado da DATAGRO, que foi o moderador do tema,  afirmou  que a exponencialidade do mercado agro brasileiro está impulsionando o uso da tecnologia  e que embora ainda existam percalços como os da conectividade, o uso de tecnologia em vários projetos bem sucedidos têm levado a agricultura de precisão a dar foco em  iniciativas horizontalizadas, que visam não somente a  ampliação da cultura de IoT como também a adesão dos usuários.

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