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A expansão da conectividade para viabilizar o mercado de IoT

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No segundo dia do IoT Business Forum , promovido pela TI INSIDE nesta quarta-feira, 26,  em parceria com a ABINC, o tema conectividade foi destaque, pois ela é o pilar essencial para viabilizar o crescimento da hiperconectividade, base para o desenvolvimento de novos negócios e soluções inovadoras.

Como explicou Gustavo Zarife, Country Manager Brazil da Everynet, a expansão das aplicações do IoT está saindo das fases piloto para o deployment e com isso  o rastreamento de ativos, utilities, por exemplo,  ganham corpo fundamental na expansão da conectividade que está  sendo puxada pela demanda.

Explicou que movimento global hoje converge para a expansão da conectividade, uma vez que os ciclos estão se completando, especialmente dos projetos e agora ganham vulto e estão aderente às tecnologias proporcionadas pelo 5G, nano satélites e outros, e agora já existe mais demanda e com isso, naturalmente a expansão vem a reboque.

Zarife também  lembrou que o ecossistema está caminhando para a absorção de tecnologia em redes de baixo impacto como a LoRa para viabilizar a conectividade  em projetos  que atendem demandas  e regulações de cada setor, ampliando usos e outras aplicações.

Janilson Bezerra, Diretor de Novos Produtos da American Tower do Brasil, empresa global de infraestrutura para telecomunicações, baseada em LoRa One, explicou a família do DWA possui  baixo consumo de energia, é acessível, flexível  e atende aos novos requerimentos legais, além da alta capacidade de conectividade.

Com isso, segundo ele,  a viabilidade técnica de vários projetos se torna possível atentando que o  IoT é coletivo  e o desenvolvimento das soluções não acontece por verticalizações, é algo a ser construído com lógica dentro do sistema para resolução do negócio do cliente.

Para David de Paulo Pereira, analista da TGT Consult/ISG,  a convergência de tecnologias aproxima a TI ( no sentido clássico) da OT ( operational technology). e para isso a conectividade tem um papel importante.

“São vários pontos positivos da conectividade e há uma demanda grande visto que há um aumento dos casos de uso industrial, mas  agora IoT é mais que isso com uso de AI e Edge Computing  o que  nos leva a outras questões importantes neste contexto como a segurança e o tratamento do dados obtidos”, refletiu.

Pereira ainda citou exemplos da expansão do uso da IoT e como o mercado tem percebido esta ampliação a partir do momento que as empresas já colocam budgets específicos para IoT em seus orçamentos.

 

Segurança, prioridade número 1 em IoT

Na sua apresentação Yanis Stoyannis, Customer Security Director da ERICSSON para a América Latina tratou da importância da segurança da informação, que  a prioridade número um em IoT.

“A IoT ou a  Era das Coisas Conectas, permite a  conectividade de objetos com objetos e objetos com pessoas  impactando a economia e cultura da sociedade. Com inúmeros casos de uso, segundo a consultoria Mckinsey, estima-se o crescimento de mercado em 5.6 trilhões de dólares nos próximos anos”, ressaltou.

Como reforçou a evolução da tecnologia gera  redução de custos especialmente  de sensores, a  expansão da internet e produção de tecnologia de mobilidade  (5G, wi-fi, satélites de baixa órbita) e consequente  alavancagem  das estratégias de negócio quebrando barreiras como a interoperabilidade, privacidade, segurança e   fragmentação tecnológica.

Yanis destacou que as principais preocupações da IoT, são: ataques hackers, escassez de profissionais especializados em segurança, a proteção de dados sensíveis e a identificação de dados sensíveis gerados por IoT,  conforme dados levantados pelo IDC.

Ele diz que OT evidenciou um segmento responsável por tecnologia operacionais como o Edge Computing, conectividade (antenas, satélites etc), devices físicos (condutores e semicondutores) e ao inserir todos esses elementos a IoT entra no campo da TI tradicional  e, portanto, passa a ter as exigências de segurança  nas várias camadas que permeiam toda esta arquitetura.

Neste contexto, como afirma o especialista , é importante destacar um plano estratégico de segurança, alinhados com os objetivos do negócio, com políticas de segurança dentro das  melhores práticas de operação, destacando o Security by Design como forma e plano estratégico de segurança que permite às empresas a alinhar/ desenvolver/ identificar/ compreender e gerenciar  os dados  que são oriundos da IoT.

“É importante que cada camada de tecnologia seja neste planejamento alicerçada por práticas seguras visto que  para se obter os benefícios dos dados recolhidos pelos diversos devices sejam utilizados corretamente por quem os gera e assim obtenham seus benefícios”, disse.

Gêmeos Digitais: consolidação de projetos

O gêmeo digital funciona replicando digitalmente um ativo físico no ambiente virtual, incluindo funcionalidade, recursos e comportamento.  Dessa forma cria-se uma representação digital em tempo real do ativo usando sensores inteligentes que coletam dados do produto.

Conforme Flávio Maeda, VP da ABINC, Líder do Comitê de Manufatura, e Head de Digital para a Pöyry América Latina, este tema associado ao IoT industrial e AI, combina estas tecnologias emergentes para trazer resultados tangíveis ao setor industrial e todo os setores, mais especificamente para utilities e agronegócios..

“Um gêmeo  é a réplica digital e dinâmica de um ativo físico em operações reais e complexas.  E isso permite trazer esses dados para serem analisados levando a um aprendizado e dessa forma estabelecer paradas estratégicas de manutenção  preditiva, amparados por algoritmos avançados e possibilitando vários tipos de  simulações no mundo industrial e  finalmente permitindo otimizar e realização a preparação necessária para manutenção de uma planta industrial”, explica.

Segundo Maeda, para este segmento estima-se que até 2027 haja um crescimento expressivo  com faturamento de até US$ 73 bilhões. “Tanto na operação da indústria quanto na manutenção de plantas  o Gêmeo digital utilizando de IA e de métodos de predição traz inúmeros benefícios como evitar perdas e aumento da qualidade da produção, com  redução de custos e com um aumento de segurança do ambiente que  tornar a cadeia de fornecimento mais eficiente”, conceituou.

Para Matheus Gouveia,  consultor técnico na automação da Siemens, basicamente  os gêmeos digitais estão inseridos basicamente na manufatura, na indústria, mas envolve um time  multidisciplinar  para seu desenvolvimento com objetivos muito claros ra garantir flexibilidade, qualidade, eficiência e consequente redução de custos.

“Ressalto que o uso dos gêmeos digitais tem um princípio que para cada problema pode haver um gêmeo digital para resolver seja na  linha de produção, na robótica, na  concepção de máquinas, na física dos componentes como no comportamento dos componentes e na  automação”, afirmou.

Como disse, o gêmeo digital consolida os projetos pois permite  testar e validar, cada etapa  sem com isso onerar  a implementação  e com diminuição do  tempo. “Desde a concepção o gêmeo ajuda com a validação da automação, e pode ajudar inclusive no  treinamento dos operadores. Num segundo momento, o gêmeo digital permite uma análise das melhores formas de produção coletando dados  e a partir daí tirando os melhores resultados, prevendo falhas e  assim possibilitando reparos ou manutenção preventiva para evitar a parada da planta.”, explica.

Como ressaltou , vários desses  modelos de predição podem ser treinados por AI e estão disponíveis em nuvem para compartilhamento.

Os desafios do mercado de auto-mobilidade

Os carros inteligentes  sempre foram vistos na literatura e nas artes como símbolos da modernidade e que prometem, portanto, representar a revolução tecnológica, especialmente para o mercado automobilístico. É fato que a ideia de um carro inteligente existe há anos. A realidade atual dos carros inteligentes ainda não é tão avançada quanto nos filmes e desenhos. Contudo, os esforços contínuos para aproveitar ao máximo as tecnologias disponíveis possibilitam variadas inovações.

Os desafios do mercado tecnológico para viabilizar o mercado de veículos inteligentes que compartilham informações para tornar o transporte mais eficiente, baixo nível de emissões e seguro ainda estão em seus primeiros estágios, mas avançando a passos largos.

Para Alexandre Vargha, Product Manager na Daimler Trucks & Buses, moderador desse painel do IoT Business Forum,  o tema de veículos inteligentes  envolve  muitos outros tópicos adjacentes e não menos importantes  como cidades inteligentes, ESG, eletromobilidade, veículos autônomos, todos conectados pela  IoT que otimiza e gera performance para este setor.

Como disse o especialista, a meta dos países europeus de se ter  60% veículos pesados em veículos elétricos é um impulsionador do mercado, no sentido de acelerar a transformação no uso de combustíveis fósseis para energias limpas e renováveis, bem como  acelerar a transição da  mobilidade urbana e no transporte de cargas, lançando mão de recursos como a AI, Machine Learning e o IoT.

“Utilizando-se de todos estes recursos tecnológicos o resultado é um só: a geração de um volume muito grande de dados. Hoje o dado tem influenciado uma camada de conhecimento que vai além da  robotização, como usá-los para o efetivo gerenciamento de uma frota, como utilizá-los para gerar insights de negócios, como fazer que eles tragam benefícios para as cidades e seus cidadãos. É neste ponto que que nos encontramos para tornar os dados ativos importantes para a sociedade”, afirmou.

Conforme reforçou  Fabio Acorci, Diretor Comercial Corporate da Ituran, o ponto importante na geração de dados está no volume e na dificuldade que existe de transformar dados em informação.  De acordo com o especialista, transformar isso exige etapas anteriores como os critérios de armazenamento, especialmente as vindas dos sistemas de IoT. ” Questões de hardware e software ou geolocalização dos veículos  estão sendo supridas pela tecnologia de forma geral, entretanto, a  comunicação necessária  dos dados gerados é desafio. Ter a  informação certa,  em tempo real, para tomada de decisões ainda não é uma realidade”, acentuou.

Como disse, a indústria ainda lida com questões como a conectividade e muitas estão ainda estão na Era do 3 G e caminham para se equiparar às demais indústrias para chegar ao 5G.  “Estamos diante de uma situação que exige superar etapas e ao mesmo tempo identificar como transformar dados em informações relevantes ao mesmo tempo que devemos observar quais os pontos de intersecção como transportar as informações de forma que sejam úteis para outras áreas (cidade, cidadãos) com custos viáveis “, alertou.

Fernando César, CEO da UniQ Hub, concordou que as várias fontes dos dados configuram um desafio imediato embora observe que a  integração de dados, vinda de  diferentes fontes como por exemplo o geoposicionamento e fluxos de tráfego  e diversos sistemas, torna-se um desafio ainda maior para o setor.

Ele acredita que somente a  integração inteligente desses dados pode beneficiar um maior número de áreas e consequentemente de pessoas. “Quando falamos de dados, estamos falando de IoT, de onde eles são captados.  É necessário ressaltar que a informação pode ser simples e que ela pode ajudar. Não se trata de pendurar um monte de dispositivos num veículo, mas ter a ideia para que servem e como usar essas informações  para gerir o negócio? Como ela pode ser útil para o usuário e ainda de como levar essas métricas para que sirvam de indicadores para questões regulatórias e governamentais. O foco está na integração e o desafio de como realizar isso e como a  tecnologia pode trazer essa melhoria”, exemplificou.

André Carvalho, Digital Solutions Manager na Stoneridge, acredita que a discussão sobre o melhor uso ou a integração de dados seja o cerne do desafio do setor neste momento. “Porém mais que o uso dos dados, a base da formação do conhecimento nos sistemas automotivos está em estabelecer novas conexões para os negócios já que por traz dessa informação, do ponto de vista automotivo, está no uso da tecnologia e de como este arsenal de hardware e software podem direcionar o mercado”, acrescentou.

Conforme explicou , o caminho para se ter tudo conectado já se mostra  por meio dos dispositivos embarcados pelas próprias montadoras  e na transformação que isso sugere para os modelos de transporte mais  ecológica e economicamente mais  eficientes, enquanto a real  transformação está em usar as informações para tratar da mobilidade inserida num contexto mais amplo dada sua intersecção com as demais demandas da sociedade.

Segundo o  professor da  UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina, Gian Ricardo, do  curso de Engenharia  Mecatrônica, uma questão se sobrepõe à discussão já que segundo ele  a parte funcional já existe e serve para coletar dados. “Antes mesmo de desenvolver este ou aquele dispositivo é muito importante se fazer as perguntas certas, ou seja,  qual é  a finalidade  de cada dispositivo, como as informações se integram, qual o custo de armazenamento, para quem será repassado estes custos”, reiterou e complementou: “De posse dessas informações seguem-se outras etapas importantes como garantir a gestão de privacidade, garantir a integridade e determinar  que fazer com elas, fazer a integração, e desenvolver modelos que sejam viáveis.  O propósito da IoT é simplificar e  possibilitar o  controle dos custos, sem prejudicar o acesso.”, concluiu.

IoT Data Driven

Encerrando o último dia da 7a. edição do IoT Business Forum , os especialistas em tecnologia Cezar Taurion e Rodrigo Scotti, analisaram como o  uso de soluções baseadas em dados para tomada de decisão, como Inteligência Artificial, nuvem, gerenciamento e governança de dados e  análise preditiva influenciam a aderência de IoT pelo mercado.

Cezar Taurion, head da Cia Técnica Research,  demonstra  a expansão  com uma visão prática  como acontece com os sensores de uma indústria  agro, onde ajudam na manutenção corretiva dos equipamentos, onde a rapidez é essencial  e na  manutenção preventiva, a fim de  prevenir problemas e evitar falhas. “Neste contexto, a primeira coisa que se destaca para os negócios, são estes dados recolhidos, entretanto pela diversidade de devices a interoperabilidade e um descompasso entre os tipos de dados, não há um histórico de dados que permita se fazer análises mais contextualizadas para uso”,  ressaltou.

Por isso, conforme reitera o especialista, uma política de governança de dados, de armazenamento, uma filtragem para ser usado posteriormente  é a grande  lição para  os gestores que precisam de um bom projeto, pois a partir do volume, variedade e qualidade adequados possibilitam usar AI  em manutenção preditiva e uma política de governança para que eles sejam úteis. “Diante desse panorama de imersão na TI, as empresas podem  pela IoT ter equipes bem treinadas  capacitadas e todos os níveis pois o mercado possui ferramentas, especialmente as de lowcode para dar prosseguimentos aos projetos.

Para Rodrigo Scotti, fundador e CEO da Nama, empresa que disponibiliza uma plataforma de IA generativa automação cognitiva, com foco em soluções de busca semântica conversacional, as tecnologias disruptivas deixaram de ser um hype e são um  boom como Chat GPT e todas baseadas na geração de dados.

“Da mesma forma, a IoT gera uma massa de dados que traz uma riqueza de informações que possibilita aplicar novos modelos, processar e correlaciona- los. Entender padrões permite escapar de  simples análises preditivas.”, ressaltou.   “Usando um modelo grande com a quantidade de dados gerados se  consegue encontrar padrões sobre as relações entre outras variantes  de interferência para conseguir resolver atritos entre as informaçoes . Aí entra a linguagem neural para a identificação dessas diferenças e permite também a criação de uma política de dados de forma que faça sentido para aquela aplicação e uso  de novas tecnologias”, reforçou.

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