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Fórum discute como transformar dados em vantagem competitiva

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Começou nessa terça-feira, 31, a terceira edição do Data Management Forum, promovido pela TI INSIDE, com a apresentação de um painel sobre como transformar dados em vantagem competitiva? Estudo da Forrester Consulting mostra que 73% das empresas no Brasil têm negócios orientados por dados, entretanto somente 28% conseguem tratá-los de forma adequada.

O mesmo trabalho aponta que 47% das empresas no Brasil ainda são iniciantes no uso de dados; enquanto 12% possuem processos rigorosos e tecnologia, mas carecem de conhecimento. Se de um lado há um crescente e significativo aumento no volume, velocidade e variedade de informações geradas, proporcionalmente denota-se uma falta de conhecimento sobre a manipulação desses dados bem como um desconhecimento sobre ferramentas adequadas, dificuldade de integração (silos) e riscos associados à privacidade e segurança.

No painel, José Alves Durand, desenvolvedor Web Líder da Turing, mostra que se de um lado ainda há uma enorme gama de empresas que ainda não fazem dos dados seu principalmente meio de trabalho, de outro há empresas como a Turing que nasceram neste mundo e conecta dados do usuário desde o seu dia zero. “O uso de dados é essencial no nosso caso, apoiados no uso IA para tomada de decisões. O uso de dados está no cerne da companhia que liga desenvolvedores de TI, em qualquer parte do mundo, as empresas que precisam deste tipo de serviço. Assim, ao romper a barreira entre grupo localizado de desenvolvedores liga-os às empresas do Vale do Silício, ganhou-se uma perspectiva que vai além da aplicação de currículos especializados, já que um sistema de IA avalia o job dessa empresa e faz o match com a base de dados”, contou Durand.

Dirceu Torres, CEO da Mex Consulting, empresa com experiência na jornada do cliente e na jornada dos fornecedores, mostrou que as empresas Data Driven são aquelas que fazem da base dados uma experiência quantificada e qualificada e não apenas as que usam dados baseadas apenas em uma percepção.

“Se voltarmos nos anos, identificamos que a vantagem competitiva das empresas data driven em 2010 eram aquelas que usavam os dados para se diferenciar da concorrência, enquanto hoje a interpretação dos dados é usar o poder das pessoas para se diferenciar da concorrência, a que tem melhores resultados”, lembra o executivo. Segundo ele, em 2021/2022 quanto mais simples o uso dos dados melhor. A geração do valor incide sobre duas forças: o desejo e a vontade de compra produtos e serviços e sobre o desejo e a vontade de vender produtos e serviços. ” Itens como agilidade, investimento, tecnologia, assim como o dinheiro são fatores perceptíveis para que o os projetos ganhem relevância ao longo do tempo e por isso é importante ter sempre uma análise massiva do comportamento do usuário final, ter grandes amostras desse comportamento dos clientes, pois isso nos dará em real time as chaves para a correta tomada de decisão”, argumentou.

Ainda conforme sentenciou Torres, embora a transformação digital venha ocorrendo sem nenhum retrocesso à vista, a transformação cultural para os resultados orientados a dados, ainda está no início de sua caminhada.

Para Guilherme Stefanini, CEO da Gauge e Managing Partner da Haus – grupo atende grandes clientes do mercado e que se utiliza de dados para esta orquestração – indica que o desafio está em organizar dados e conectá-los para ativar para as necessidades dos consumidores, gerar retenção dos clientes e sua fidelidade.

“Existem inúmeros fatores que colaboram para que o sucesso e um projeto aconteça. O desenvolvimento ágil e o uso de dados para prevenir e mitigar riscos com ajuda de tecnologias como o analytics e IA são imprescindíveis quando o objetivo é obter a vantagem em determinado negócio”, disse.

“Sem dúvida, a clareza e o alinhamento dos objetivos entre o uso dos dados e os objetivos de negócio estarão sempre no horizonte de uma empresa que precisa basear sua ação no universo de dados que dispõe”, complementou.

Para Jansen Moreira, CEO e fundador da Incentive.me, a gestão de resultados é feita por CNPJ, porém no dia a dia quem traz o resultado são as pessoas das empresas, os CPFs.

“Em um nível mais granular de análise são as pessoas que fazem a conexão de dados. O analytics serve para tomada de ação. Mas no universo do mercado é natural que diferentes gestores, possuem visões diferentes sobre os mesmos dados conforme sua percepção, entretanto os cinco P do marketing (produto, preço, praça, promoção e pessoas) continuarão a existir e a dificuldade está em fazer análises sem se perder, sem perder o foco em quais são os dados mais importantes para o negócio”, pontuou o executivo.

Thales Gibbon, gerente de dados do ciclo de vida do cliente do Banco Original, que possui mais de 7 milhões de clientes, fez um relato de sua experiência neste segmento para fazer a diferença entre seus concorrentes.

“Neste processo analisamos o ciclo de vida do cliente e o relacionamento dele com a instituição, como ele agia diante das ofertas de serviços e como poderíamos estar mais próximos de atender às suas expectativas e necessidades”, contou.

Desse estudo identificou-se que a comunicação personalizada era um canal para utilizar dados como vantagem competitiva como contou Thales Gibbon, e como este consumidor/cliente agia diante da oferta de produtos e serviços. A companhia passou a trabalhar o grande volume de dados que possuía de forma ágil para oferecer uma comunicação com o cliente da maneira correta, diante da expectativa do usuário.

“Todo uso de cloud e sistemas de tecnologia auxiliaram que houvesse uma mudança na jornada do cliente, analisamos seu comportamento, realizamos uma comunicação direta mais efetiva e como resultado passamos a ser preditivos nas ofertas”, resumiu.

Hommenig Scrivani, diretor de dados e analytics na Dasa, indicou em sua apresentação que como em qualquer negócio o healthcare também possui similaridades em seus processos. “É necessário ter um olhar para os dados tanto da gestão interna quanto na gestão externa.  A gestão de dados como vantagem competitiva acontece quando se entende melhor o seu cliente, quando se gera inteligência para personalizar a experiência do cliente”, comentou.

Segundo o diretor de dados e analytics da Dasa, as empresas que estão pautadas nos dados podem se antecipar às demandas de seus usuários e clientes e é dessa antecipação que se pode gerar um diferencial em comparação aos demais players do mercado.

Como explicou, o valor na cadeia de dados, vem desse caminho de organizar todos os seus processos, observando os elos e como cada um deles pode gerar valor ao cliente. “Não se trata de fazer os dados responderem ao que se quer, porém trabalhar com as realidades por ele apresentadas, da melhor forma e transformar isso em ações “, disse.

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