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Petrobras confirma roubo de notebooks com dados sigilosos; PF investiga o caso

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A Polícia Federal está investigando o furto de informações sigilosas da Petrobras. Um disco rígido e dois computadores portáteis que supostamente continham dados sobre as novas descobertas de petróleo da companhia foram furtados no início deste mês no percurso entre uma plataforma de pesquisa na bacia de Campos e a superintendência da empresa em Macaé, ambas no Rio de Janeiro.

A presidência da Petrobras recebeu a notícia através do seu setor de segurança. Um container despachado da plataforma de Campos para em Macaé teve violado um cadeado de segurança.

A Petrobras, por meio de sua assessoria de imprensa, confirmou a ocorrência do furto de equipamentos de sua propriedade. De acordo com a empresa, o material roubado continha informações importantes para o desenvolvimento de seus negócios. Não foram detalhadas a quantidade e a espécie de bens roubados.

Em nota divulgada na tarde desta quinta-feira (14/2), a assessoria da estatal negou informações mais específicas divulgadas pela imprensa. Segundo o comunicado, embora os equipamentos estivessem sob a guarda de uma empresa terceirizada especializada o transporte de informações confidenciais [cujo nome foi mantido em sigilo], a Petrobras possui cópia de todas as informações neles armazenadas.

A empresa contratada pela Petrobras é a norte-americana Halliburton, uma das maiores corporações do mundo nos serviços de pesquisa e exploração de petróleo, mas também atua em outras áreas, como logística para operações militares.

O caso está sob investigação da Polícia Federal, que espera receber em até 15 dias as informações solicitadas à Petrobras e à Halliburton sobre o furto dos equipamentos contendo dados estratégicos da estatal brasileira para dar prosseguimento ao inquérito aberto para apurar o furto.
?A Petrobras, que tem a maior parte das informações, nos forneceu informações genéricas sobre o fato. Nós instauramos o inquérito e determinamos algumas diligências. Só que, no entanto, quem tem a maior parte das informações é a própria Petrobras, que está fazendo uma apuração interna?, disse a delegada da Polícia Federal em Macaé, Carla Dolinski, que preside o inquérito sobre o caso, aberto no último dia 7.

O roubo de alguns discos rígidos e notebooks ocorreu no dia 1º de fevereiro durante a operação de transporte de um contêiner da Halliburton. A polícia desconhece se o meio de transporte do contêiner teria sido rodoviário ou marítimo.

A delegada disse que a PF não tem ainda uma noção exata da importância para a Petrobras dos dados contidos nos equipamentos roubados, nem mesmo se eles podem trazer alguma ameaça à segurança nacional. ?Nem a própria Polícia Federal tem ciência disso?, afirmou. Segundo Carla Dolinski, os equipamentos roubados seriam de propriedade da Halliburton e não da Petrobras, mas conteriam informações da estatal.

A Polícia Federal tem duas linhas de investigação. A primeira seria o furto com objetivo de espionagem para obtenção de informações estratégicas. A outra seria um furto simples. ?O meliante teria furtado aquele material sem saber o que continha?, afirmou a delegada.

A PF realizou perícia no contêiner, cujo resultado não foi concluído. Carla Dolinski admitiu, contudo, que as chances são reduzidas de se conseguir informações por meio dessa perícia, uma vez que o local não teria sido preservado.

Em nota divulgada na tarde, a estatal confirmou que os equipamentos e materiais furtados continham informações importantes para a companhia. Mas destacou que o material não estava sob sua guarda.

A estatal informou que possui todas as informações contidas no material desviado, que estava sob a guarda da empresa terceirizada que presta serviços especializados para a companhia.

Com informações da Agência Brasil.

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