Depois do Google, agora é a vez da Microsoft fazer sua investida para adquirir uma participação no site de relacionamentos Facebook, segundo notícia publicada nesta terça-feira (25/9) na versão online do jornal americano The New York Times. Segundo o jornal, a gigante do software teria oferecido entre US$ 300 milhões e US$ 500 milhões ao dono do website, Mark Zuckerberg, para comprar de 5% de participação na empresa.
Segundo o jornal, a Microsoft teria feito a oferta com base não apenas no interesse de investir numa plataforma com mais de 40 milhões de usuários, mas principalmente porque o Google também demonstrou interesse em adquirir participação na rede social recentemente, segundo o The Wall Street Journal. No entanto, as discussões com ambos ainda estão em estágios iniciais e podem terminar sem que haja acordo com nenhum deles, de acordo com o próprio jornal.
A guerra entre as duas principais empresas do mundo online pelo controle parcial do Facebook pode levar o preço do site às alturas, segundo analistas ouvidos pelo NYT. Caso a oferta da Microsoft seja aceita, eles acreditam que o valor total do site passaria a ser estimado em US$ 10 bilhões, mas alguns estimam que os interessados em obter o site poderiam pagar até US$ 13 bilhões.
O valor do Facebook é difícil de ser estimado porque baseia-se pouco no lucro que o site traz hoje, mas no quanto ele pode valer no futuro. Apesar de a empresa não revelar números contábeis, por ser de capital fechado, o especialista Richard Greenfield, da Pali Research, fez uma estimativa, a pedido do NYT, de que o faturamento da empresa esteja entre US$ 60 milhões e US$ 96 milhões anuais, com lucro próximo a zero.
O valor do site, de acordo com os analistas, tem como base mais o seu potencial de crescimento (estima-se que, por dia, o site ganhe 100 mil novos usuários) e o modelo de negócios, uma vez que, além de portal de relacionamentos, ele se transformou numa plataforma de comunicação, de compras e exposição de produtos.
Fundado em fevereiro de 2004, o Facebook é uma das redes sociais mais populares do mundo, com 42 milhões de usuários ativos, e chamou a atenção das empresas de internet pelo forte relacionamento com sua audiência.