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ABNT rejeita OpenXML da Microsoft

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A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABTN) decidiu manter a resolução de votar, definitivamente, contra o processo de aprovação do formato de documentos abertos Open XML, desenvolvido pela Microsoft, e encaminhada pela ECMA (European Computer Manufacturers Association) à ISO (International Organization for Standardization) e IEC (International Electrotechnical Commission).

No momento, o único formato aberto de documentos aprovado pela ISO é o Open Document Software (ODF), desenvolvido pela Oásis, comunidade de software livre, que deverá ser adotado como norma brasileira pela ABTN até maio próximo.

Reconhecida pelo governo brasileiro como único foro nacional de normalização, representante do País na ISO e na IEC, a ABNT iniciou suas avaliações do Open XML, em dezembro de 2006, pouco depois que a ECMA apresentou sua proposta à ISO/IEC para que o documento da Microsoft viesse a se tornar uma norma internacional.

Para a Microsoft, no entanto, nem tudo está perdido. ?A Microsoft respeita a determinação e ressalta que esta iniciativa de certificação internacional continua em aberto no Comitê Integrado de Tecnologia (JTC-1) da ISO?, diz nota da assessoria de imprensa, divulgada na noite de sexta-feira, 28/3.

Segundo a Microsoft, desde meados de 2007 mais de 150 países, entre eles o Brasil, realizaram estudos técnicos sobre as características do padrão. Os resultados dessas análises servirão de base para que o Comitê Integrado de Tecnologia decida neste início de abril sobre a certificação do Open XML como um padrão internacional ISO, a partir da confirmação ou alteração dos votos desses países, levando em consideração as melhorias surgidas na reunião de Genebra, ocorrida no final de fevereiro.

?A Microsoft Brasil continuará a interagir com representantes da sociedade civil, empresas privadas, associações empresariais, universidades e governo federal no desenvolvimento do padrão OpenXML, que é uma opção ao padrão ODF. O OpenXML reconhece versões anteriores de formatos de documentos, permite a conversão dos documentos em ODF e vice-versa, sem que haja uma dependência a um único fornecedor para ambos os padrões?, diz a nota.

De acordo, com Cezar Taurion, consultor de negócios da IBM Brasil, que apóia o formato de documentos ODF, a tendência de não aprovação do Open XML é praticamente certa. ?Globalmente já foram identificados mais de 3,5 mil problemas ? foram em torno de 60 no Brasil ? de inconsistências e incompatibilidades, e com tantos erros nas especificações muitos países devem manter o voto não?, afirma Taurion. ?Além disso, foram encontrados nos documentos vários problemas de propriedade intelectual?, conta ele.

Segundo Taurion, é difícil dizer quais serão os próximos passos dessa batalha. Até ontem, 31/3, as entidades de padrão tinham prazo para manter ou mudar seus votos. ?Provavelmente até fins de abril sai o veredito final. Na minha opinião, o que seria melhor para todos, era a Microsoft acatar a sugestão das várias entidades de padrões e integrar o OpenXML ao padrão ODF, já aceito pela ISO. Teríamos um único padrão (como os HTML e TCP/IP), e aí todos ganharíamos com esta garantia de interoperabilidade?, diz o consultor da IBM.

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