Aplicativos de software confiáveis são cada vez mais importante para as operações e a reputação das empresas. Atualmente, um quinto do orçamento de TI das empresas no Brasil (20%) é destinado à qualidade dos aplicativos, proporção que deve subir para 25% nos próximos dois anos. Na área de garantia da qualidade, quase um quarto dos recursos (23%) é gasto com pessoal dedicado a testes; 29% com ferramentas e licenças; e 40% com hardware e infraestrutura. É o que revela a quinta edição do Relatório Mundial sobre Qualidade (World Quality Report), estudo realizado pela Capgemini, prestadora de serviços de consultoria, tecnologia e terceirização, em parceria com a HP, com 1,5 mil líderes de TI de 25 países.
Apesar do interesse pela garantia da qualidade dos aplicativos, o relatório aponta que somente 17% dos CIOs e diretores de TI entrevistados no Brasil afirmaram que as suas atividades de teste são centralizadas num único departamento, que serve toda a organização, sendo que a média global é 26% — e outros 17% disseram que sua área de garantia da qualidade é altamente descentralizada, distribuída por diversas unidades de negócios, regiões e divisões. Além dos setores de serviços financeiros e telecomunicações, pouquíssimas organizações têm investido em uma abordagem totalmente centralizada e industrializada, com processos, metodologias, aceleradores, ferramentas de automação e métricas padronizadas.
Mundialmente, o gasto médio com garantia da qualidade, como uma porcentagem do orçamento total da TI, subiu de 18%, em 2012, para 23%, neste ano, quando mais de um quarto (26%) dos consultados já consolidaram sua área de garantia da qualidade para todos os projetos, linhas de negócio ou para toda a empresa. Em 2012, isso havia sido feito por apenas 8%.
No entanto, muitas empresas ainda sofrem para demonstrar o valor real das suas atividades de teste para o negócio. Mesmo com os canais móveis como os principais meios de interação tanto para os funcionários quanto para os clientes, quase metade (45%) das companhias ainda não validam a funcionalidade, o desempenho e a segurança dos seus aplicativos e dispositivos móveis. Apesar da rápida expansão dos testes móveis (de 31%, em 2012, para 55%, em 2013) apontada pelo relatório, mais da metade (56%) dos entrevistados mencionaram a falta de métodos especializados como a maior barreira para a realização de avaliações móveis e 48% disseram que ainda não possuem especialistas nessa área.