Abrint vai à Justiça pelo plano de numeração do SCM

0

A Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) protocolou pedido de liminar contra a Anatel para que a agência libere os recursos de numeração aos provedores regionais de Internet. Com o plano de numeração, os provedores de Internet poderão oferecer serviço de telefonia VoIP.

O argumento da associação é que, desde 2001, quando a Anatel criou o Serviço de Comunicação Multímidia (SCM), os provedores que detêm a licença têm o direito de prestar o serviço de telefonia IP. O SCM, segundo a descrição contida no regulamento, caracteriza-se como “serviço fixo de telecomunicações de interesse coletivo, prestado em âmbito nacional e internacional, no regime privado, que possibilita a oferta de capacidade de transmissão, emissão e recepção de informações multimídia, utilizando quaisquer meios, a assinantes dentro de uma área de prestação de serviço". Ou seja, a associação entende que os provedores podem oferecer telefonia VoIP, além de Internet.

Segundo a Abrint, a própria Anatel reconhece que os provedores de Internet têm o direito de prestar telefonia, mas mesmo assim, desde 2001, não regulamentou o plano de numeração para o serviço. Em 2005, a Anatel publicou nota para o mercado ressaltando que “não há restrição regulamentar que impeça uma prestadora de Serviço de Comunicação Multimídia (SCM) usar a tecnologia Voz sobre IP no provimento de comunicação de voz”.

O presidente da associação, Wardner Maia, acusa a agência de inércia na definição dos recursos de numeração. Segundo ele, o País tem três mil potenciais fornecedores de serviços de telefonia que passariam a competir com as teles. Em agosto deste ano, dezenas de provedores de vários estados solicitaram formalmente os recursos de numeração à Anatel. Nenhum deles obteve o recurso solicitado. Inclusive, a proposta dos provedores de colaboração com o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) – banda larga de 1 Mbps por R$ 35 – só se viabilizaria se eles pudessem agregar telefonia ao pacote.

O presidente da associação esclarece que este pedido liminar é o primeiro passo para frear o que a Abrint considera que seja o patrocínio de um monopólio da comunicação no País.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.