Google monta estratégia para expandir-se no mercado empresarial

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O Google quer conquistar participação expressiva no mercado corporativo brasileiro com soluções do Google Apps, conjunto de ferramentas voltadas para as empresas que incluem, entre outros, aplicativos de e-mail, bate-papo, plataformas de colaboração, editor de documentos e agenda. Para isso, o site de buscas vai criar uma oferta agressiva para obter crescimento nesse segmento.
A empresa avalia que a crise financeira mundial deve contribuir para alcançar a sua meta, já que aumentará a demanda das empresas por soluções de baixo custo, como as de cloud computing e sob demanda.
A estratégia do Google vai se basear em dois pontos. Um deles é manter preços agressivos, sem elevar o valor da solução mesmo com a entrada de novas aplicações. Atualmente, a licença do Apps tem custo inicial de US$ 75 (R$ 127,5) por usuário por ano, o que significa US$ 6,25 (R$ 10,6) por mês.
O outro ponto diz respeito à comercialização dos produtos. Para ampliar a distribuição do Google Apps, a empresa selou recentemente acordos com seis companhias brasileiras: Dedalus, IPConnection, Medcenter, Setesys, Telsinc e Valuenet.
Além disso, o Google vai apostar também nos produtos adquiridos com a compra da fornecedora de soluções de segurança Postini, feita em 2008. Um deles é o Message Security, antispam e antivírus, que será incluído no Apps. O outro, denominado de Message Discovery e que permite a consulta e armazenamento de e-mails por um período de até dez anos, não será incluído no Apps e terá de ser adquirido à parte, por preços que variam de US$ 15 a US$ 30 por usuário por ano.
Com essa estratégia, a companhia projeta um crescimento acelerado da base de clientes do Apps no Brasil. Atualmente, o Google conta com 2 milhões de clientes na unidade Google Enterprise (responsável pela venda de soluções para empresas) no mundo. Segundo o diretor de marketing de Google Enterprise para a América Latina, Alex Torres, a região latinoamericana responde por 10% deste total e o Brasil detém cerca de 4% da base da América Latina.
O objetivo, segundo a companhia, é conquistar clientes dos concorrentes e aproveitar o momento atual de empresas que estão migrando de Lotus Notes, da IBM, e do Exchange, da Microsoft, para adicioná-las à sua base.

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