Segundo a atual edição do Relatório Global de Fraude & Risco, publicado anualmente pela Kroll, aproximadamente uma a cada quatro empresas (23%) sofreu nos últimos 12 meses pelo menos uma violação de sistema resultando em perda de dados de clientes ou funcionários. O problema é o segundo maior fator de vulnerabilidade – atrás apenas da infestação por vírus/worms – e o quarto mais recorrente no mundo empresarial.
O estudo entrevistou cerca de 550 executivos dos mais diferentes setores em todo o mundo que são responsáveis ou que influenciam diretamente as decisões quanto a programas e estratégias de segurança e combate a fraudes.
Ataques, roubos ou perda de informações sigilosas foram reportados por 85% dos respondentes, a maior taxa de incidência no mesmo período.
Chama também a atenção o fato de que a maioria desses eventos se dá por vulnerabilidade de software, meio citado por 26% dos participantes.
Na prática, porém, não é isso o que tem ocorrido. Apesar da ostensiva pressão de criminosos, o contingente de negócios desprotegidos é ainda significativo. De acordo com o relatório, 30% das organizações não tinham um plano de resposta a incidentes cibernéticos atualizado nos últimos 12 meses antes da consulta.
Isso mesmo considerando o impacto potencial que um evento cibernético pode causar aos cofres e à reputação empresarial.
No Brasil, a incidência de problemas cibernéticos foi de 76%, ou nove pontos percentuais menor que a média global. Já a violação de sistemas resultando em perda de dados de clientes ou funcionários é apenas o penúltimo fator de vulnerabilidade, citada por 38% dos gestores locais, contra 52% no resto do mundo.