Apesar dos papéis na bolsa virem perdendo valor desde o início deste ano, com suas ações apresentando desvalorização de quase 70% — elas chegaram a valer R$ 11 no mês de agosto —, a Positivo Informática, maior fabricante de computadores do Brasil, conseguiu um aumento de 2,5 pontos percentuais na participação de mercado no segundo trimestre em relação ao período de janeiro a março.
De acordo com estudo da IDC, denominado "Brazil Quarterly PC Tracker 2Q 2008", o market share da fabricante foi de 13,9% do mercado total, representando 106,6% e 126,9% a mais (em unidades) do que a segunda e a terceira colocadas, respectivamente.
Em desktops, a vantagem apresentada em relação às concorrentes foi ainda maior: 152,1% e 240,7% superior (em unidades) a mais que segunda e a terceira colocada, respectivamente. Segundo a IDC, no mercado oficial, a participação da Positivo no trimestre foi de 22,5%, sendo 24,1% em desktops e 19,2% em notebooks, ocupando em ambos os segmentos, o primeiro lugar.
No segmento de governo, a empresa também liderou, totalizando 36,2% de participação de mercado no trimestre, um aumento de 16,2 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre, em razão, principalmente, do início das entregas para as licitações do MEC e do Ministério das Comunicações, vencidas pela Positivo. No setor de varejo, a Positivo liderou tanto em desktops quanto em notebooks, e vendeu cerca de 18% a mais do que a soma do segundo e terceiro colocados, com 25,1% de market share.
No segundo trimestre, a fabricante também registrou crescimento na participação do mercado corporativo, com 2,6%, o que representou um aumento de 368% em relação ao trimestre anterior O mercado corporativo, no qual a Positivo iniciou sua atuação no fim de 2005, apresenta grande oportunidade de crescimento para a companhia, já que ele responde por cerca de 40% do mercado total, e neste mercado, a participação do mercado cinza supera os 50%.
Ao todo, a fabricante comercializou 315 mil PCs no segundo trimeste. A menor participação de mercado registrada no período, se deve basicamente à entrada de novos concorrentes nacionais, os quais posicionam seus produtos principalmente nas faixas de preços mais competitivas.
Assim como ocorreu nos terceiro e quarto trimestres de 2006, a empresa avalia que o nível de preços praticado por esses concorrentes não seja sustentável no médio e longo prazo.