O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 2 bilhões para o grupo Telefônica investir na modernização e expansão de suas redes de comunicação de voz, dados e vídeo.
Trata-se de um dos maiores financiamentos concedidos pelo banco estatal e um dos três mais elevados aprovados para uma empresa de telecomunicações. Desde a privatização do sistema Telebrás, em 1998, até o início de outubro de 2007, o BNDES já aprovou R$ 21,6 bilhões de financiamentos para o setor.
Os recursos vão permitir a aquisição de equipamentos de rede, cuja preferência será para aqueles desenvolvidos com tecnologia nacional. Nesse caso específico, o BNDES financiará 100% do valor dos investimentos. O apoio financeiro, segundo o banco, visa contribuir para a diversificação da oferta de serviços.
Os investimentos prevêem o desenvolvimento de novos produtos, como TV por assinatura com o serviço de distribuição de sinais de TV e áudio via satélite direto para o assinante (tecnologia DTH) e em IPTV on demand, serviço de televisão digital disponibilizado ao assinante através da linha telefônica utilizando a conexão de banda larga.
A Telefônica investirá, também, na expansão da rede de comunicação e migração de acesso à internet via conexão discada para conexão com base na tecnologia ADSL, com o propósito de viabilizar a comunicação de dados em alta velocidade por meio de linhas telefônicas comuns, não só para o acesso à internet, mas também para a prestação de novos serviços, como transmissão de vídeo.
O projeto inclui, ainda, investimentos em redes de transporte (backbones), bem como no aumento de capacidade de interconexão da Telefônica com as demais operadoras de serviços de telecomunicações. Além disso, o programa de investimentos prevê a melhoria da qualidade da operação para o cliente e de sistemas de gerenciamento de rede.
O financiamento do BNDES completará o programa de investimentos da companhia entre julho de 2006 e julho de 2009. A aprovação é uma das três mais elevadas concedidas recentemente a um grupo de telecomunicações, ao lado da Brasil Telecom (R$ 2,1 bilhões) e Telemar (R$ 2,4 bilhões).
