Só um terço dos brasileiros tem internet em casa, indica FGV

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Apenas 33% dos brasileiros têm acesso à internet em casa e quase a metade deles utiliza banda larga.  O número coloca o Brasil no 63º lugar no ranking de 154 países em número de pessoas com acesso domiciliar a internet. Os dados são da pesquisa Mapa da Inclusão Digital, divulgados nesta quarta, 16, pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e pela Fundação Telefônica, e revelam que a chance de acesso da classe AB é quase 12 vezes superior a da classe E e 4,5 vezes a da classe C. Na Suécia, 97% dos domicílios estão conectados à rede.

O estudo utilizou dados do Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o mapa, a cidade de São Caetano do Sul, na região do ABC paulista, apresenta o maior índice do país de acesso à internet em casa (69%). Já em Aroeiras, no interior do Piauí, o percentual é igual a zero.

O mapa mostra também cidades em que o nível de acesso se difere por regiões. No Rio de Janeiro, por exemplo, 56% de domicílios têm acesso à internet. Na Barra da Tijuca, bairro nobre da zona oeste, esse índice chega a 94%, a vizinha, Rio das Pedras, apresenta o menor índice da cidade (21%).

No ranking de acesso por capitais nos últimos três meses, considerando as que mais utilizam a internet, a primeira posição é de Florianópolis, com 61,65%, seguida por Curitiba (59,98%), Palmas (59,70%), Brasília (56,23%) e Porto Alegre (55,89%). Entre as piores no ranking estão São Luís (41,59%), Recife (41,45%), Manaus (40,08%), Macapá (39,06%) e Maceió (34,23%).

As menores capitais da região Sul e as jovens do Centro-Oeste lideram no uso da rede mundial. Florianópolis é a capital com maior proporção de classe A e segundo município do Brasil no quesito. Palmas não só é a capital mais jovem, mas entre os 5.568 municípios aquele com maior proporção de jovens.

Para o coordenador da pesquisa, Marcelo Neri, da FGV, as desigualdades sociais não são os únicos fatores para esse resultado. “Copacabana é um bairro rico, mas tem uma grande população de idosos que não costumam usar computadores e internet”, destacou.

Segundo a pesquisa, a maior parte da população acessa a internet em casa, utilizando banda larga (46,92%). Depois, vêm os centros públicos de acesso pago (35,11%). Cerca de 31% acessam no trabalho, seguido da casa de amigos e parentes (19,7%) e instituição de ensino (17,5%). O acesso público gratuito é utilizado por 5,52% da população. Na pesquisa, os entrevistados puderam escolher mais de uma opção de acesso.

Neri lembrou a importância de o Estado criar mais centros de inclusão digital em oposição ao computador pessoal como forma de socializar os custos de acesso à internet.

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