Comércio eletrônico fatura R$ 3,8 bilhões no país

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O aumento do número de usuários conectados à internet no Brasil e as facilidades encontradas nos meios de pagamento digital contribuíram para que o comércio eletrônico no país somasse um faturamento de R$ 3,8 bilhões no primeiro semestre, resultado 45% superior ao obtido no mesmo período do ano passado.

O número dos chamados e-consumidores também cresceu, totalizando 11,5 milhões de pessoas que já compraram pela rede no Brasil, o que representa um aumento de 42% se comparado aos primeiros seis meses de 2007. Os dados são da 18ª edição do Relatório WebShoppers, publicado pela consultoria de marketing on-line E-bit.

O valor do tíquete médio gasto em compras on-line também evoluiu. O gasto médio por pessoa foi de R$ 324, o que corresponde a um incremento de 9% se comparado ao primeiro semestre de 2007, quando os e-consumidores gastaram uma média de R$ 296. Dentre as categorias de produtos mais vendidas quatro ganharam destaque entre os meses de janeiro e junho: livros, com 17% de representatividade; informática, com 12%; saúde e beleza, que atingiu 10%; e eletrônicos, que fechou o semestre com 7%.

"A categoria livros é tradicionalmente uma das que mais têm retorno justamente porque se trata de um dos produtos com maior procura pelos consumidores on-line, assim como informática e eletrônicos. Já o crescimento de saúde e beleza deve-se ao fato de muitos desses produtos serem comprados por reposição ou para estoque, não sendo necessário ir até uma loja tradicional para provar ou tocar o produto", explica Pedro Guasti, diretor geral da E-bit.

Segundo ele, as facilidades de pagamento parcelado e a queda de preço dos computadores fizeram com que o comércio eletrônico tivesse um crescimento relevante até aqui por conta da entrada de novos consumidores na web, principalmente da classe C. "O crescimento do acesso em banda larga é outro fator que impulsionou as vendas on-line", acrescentou Guasti.

Outro fator que contribuiu para o crescimento, de acordo com o WebShoppers, está ligado ao conforto e à praticidade que a compra on-line oferece aos consumidores. Numa época onde os congestionamentos são cada vez mais comuns nas cidades de grande e médio porte e as filas nas lojas tradicionais são recorrentes, a agilidade do negócio virtual fica cada vez mais evidente. Soma-se a isso, também, o acesso a ferramentas de comparação de preços, parcelamento sem juros e entrega em domicílio, transformando o comércio eletrônico em um canal altamente atrativo também para os novos consumidores que ingressaram recentemente na web.

Pesquisa de satisfação

Para esta 18ª edição, a E-bit realizou uma análise da satisfação do consumidor virtual e comprovou que o mecanismo de compra oferecido pelo comércio eletrônico está suprindo cada vez mais as necessidades e exigências dos usuários. De acordo com o levantamento, aproximadamente 86,5% de consumidores disseram estar satisfeitos com as compras feitas na internet no primeiro semestre de 2008. "Diversos fatores podem ser atribuídos a essa satisfação, entre eles a internet colaborativa, também conhecida como web 2.0, que está influenciando positivamente o comércio eletrônico como um todo", diz Guasti.

Com o objetivo de analisar o perfil das pessoas que compram pela internet, a E-bit apresenta também um estudo sobre quem são os e-consumidores do país. Fatores como sexo, renda, escolaridade e faixa etária foram considerados, mostrando que o e-consumidor brasileiro não é mais o mesmo de anos atrás.

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