IDC: Êxito da portabilidade dependerá da agilidade técnica das teles

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Com base em análises sobre a adoção da portabilidade numérica em países do Leste Europeu, onde o sistema está implantado há alguns anos, a consultoria IDC investigou o processo naqueles países a fim de verificar os principais problemas e vantagens enfrentados com o novo sistema, diante da eminência da sua implantação no mercado brasileiro.

Segundo a consultoria, no grupo de países com situação mais condizente com o Brasil, o índice de consumidores que optaram por mudar de operadora variou muito. O tempo de espera após a transferência do número por conta das dificuldades técnicas ou burocráticas foi um dos fatores determinantes para inibir a migração.

Outro fator que inibi a migração de operadora, de acordo com a IDC, é o custo da tarifa para o consumidor. Nos países do Leste Europeu, para atrair mais clientes, as operadoras estão diminuindo o valor dessas taxas. No Brasil, o valor deverá ser de R$ 10, porém, a taxa oficial ainda será definida pelo conselho diretor da Anatel.

Ainda de acordo com a consultoria, entre os países mais desenvolvidos e com a opção pela portabilidade desde 1995, como Hong Kong, por exemplo, o processo de portar o número também foi lento no início, o que retardou a sua adoção.

"A análise desses grupos de países mostrou que o sucesso da portabilidade depende da agilidade do processo e de custos atraentes. No caso da portabilidade fixa, ela chega num bom momento ao Brasil, principalmente para as operadoras que entraram no mercado há pouco tempo ou para aquela que estão entrando em novas regiões. Essa competitividade deverá obrigar as concessionárias a ampliar suas ofertas e serviços, reduzir os preços e ainda aumentar a minutagem, o que trará somente vantagens ao consumidor", avalia Alex Zago, analista sênior de telecom da IDC Brasil.

Mas o impacto maior da portabilidade, na opinião do analista, será no segmento pós-pago, que possui um perfil de consumidor médio já maduro e mais avesso a mudar o número de celular, ou ainda por agregar grande parte do público corporativo, a quem não é nada interessante a mudança de números.

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