Alto preço da banda larga impede a popularização, dizem especialistas

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O alto custo dos serviços de internet em banda larga é o principal obstáculo para a sua popularização no Brasil. Essa foi a conclusão do painel sobre "Banda larga e acessibilidade nos serviços de telecomunicações", realizado na noite de segunda-feira, 23, pela Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado.
"O preço tem sido a barreira mais severa a impedir a ampliação da banda larga no Brasil", segundo o diretor-geral da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Nelson Simões, que baseou sua informação em pesquisa feita pelo Comitê Gestor da Internet (CGI.br).
O estudo constatou que 75% dos entrevistados colocam o alto custo como impeditivo para utilizarem computadores e 54%, de se conectarem à internet. Ainda segundo a pesquisa, 35% da população estariam dispostos a pagar por uma conexão de banda larga se o valor do serviço fosse de até R$ 50.
O diretor de Estudos Setoriais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Wohlers de Almeida, estimou que se o custo médio do fornecimento do serviço de banda larga no Brasil caísse dos atuais R$ 162 para algo em torno de R$ 81, o número de domicílios que acessam a internet via banda larga mais que dobraria. Se houvesse um acordo nesse sentido entre empresas e governo, com a possibilidade até de uma desoneração tributária, o lucro provavelmente seria maior com a queda do preço pela metade.
Para a conselheira da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Emilia Ribeiro, massificar o acesso a banda larga é uma decisão já tomada pelo governo federal, por meio de diversos ministérios, e também uma meta da própria agência, que vem trabalhando nesse sentido. Ela destacou que, além de ampliar a oferta do serviço, a Anatel tem se preocupado com a qualidade do acesso à internet que vem sendo oferecido no Brasil.
Durante o debate com os palestrantes, o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) reclamou que o Norte está atrás das outras regiões no que diz respeito ao acesso a internet. Ele citou o caso de Santarém, um dos principais municípios do Pará, que dispõe somente do acesso discado. As informações são da Agência Senado.

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