Complementando sua experiência de trabalho com operadoras de transporte público, empresas automotivas e startups da área de tecnologia, a Visa lança o estudo "The Future of Transportation: Mobility in the Age of the Megacity" – um dos maiores relatórios globais dedicados a examinar a crescente demanda de transporte público e privado e o importante papel do comércio digital no estímulo ao crescimento sustentável das cidades.
O estudo reflete o feedback de 19 mil consumidores, de 19 países, e identifica desafios expressivos de centros urbanos em crescimento. No Brasil, duas cidades participaram do estudo: Rio de Janeiro(RJ) e São Paulo (SP).
"The Future of Transportation: Mobility in the Age of the Megacity" perguntou às pessoas quais meios de transporte elas utilizavam, sua experiência com as viagens de ida e volta ao trabalho ou escola (inclusive suas maiores preocupações), razões para não escolherem certos meios de transporte, suas opiniões sobre o pagamento do transporte e diferentes inovações que poderiam impactar sua experiência de viagem.
Os entrevistados brasileiros disseram que seu deslocamento havia aumentado nos últimos 5 anos em 53% em São Paulo e 54% no Rio de Janeiro. O uso do carro variou bastante entre as cidades pesquisadas. São Paulo (73%) foi a cidade de toda a América Latina onde as pessoas mais disseram usar o carro para ir ao trabalho ou à escola/universidade. Na região, os índices de uso do carro foram 66% na Cidade do México, 65% em Buenos Aires, 63% em Córdoba e 61% no Rio de Janeiro. Mundialmente, o maior índice de uso do carro foi registrado em Shanghai com 81% e 78% em Deli.
Os pagamentos estão no centro de todas as formas de viagem e continuarão ganhando importância à medida que mais cidades adotarem os pagamentos por aproximação no transporte público e os pagamentos digitais em estacionamentos e serviços de locação, como bicicletas e patinetes.
A facilidade/agilidade de pagamento é uma questão importante para muitas pessoas na América Latina, e este é particularmente o caso de pessoas em São Paulo, onde 79% dos residentes dizem que isso influencia na escolha do meio de transporte – ficando apenas atrás de Deli com 80%. Rio de Janeiro vem logo depois com 73%. As cidades da América Latina menos preocupadas com a facilidade/velocidade de pagamento foram Córdoba e Buenos Aires, onde 42% e 31%, respectivamente, disseram não ser um fator importante para a escolha do meio de transporte.
Principais tendências globais
Tempo de deslocamento:
• 46% dos consumidores no mundo notaram um aumento no seu tempo de deslocamento
• Metade (52%) dos pesquisados estão frustrados com a experiência de usar transporte público
• Um terço (37%) acreditam que seu tempo de deslocamento aumentará nos próximos cinco anos
Uso do carro:
• O carro particular continua sendo o principal meio de transporte para a ida e volta ao trabalho ou escola (60%) e para viagens pessoais (61%)
o Apenas 42% dos pesquisados da Geração Z (pessoas na faixa de 18 a 25 anos) usam o carro para ir ao trabalho, escola ou universidade, ou para viagens pessoais
• O aspecto mais desagradável de dirigir é encontrar um lugar para estacionar, disseram 64% dos pesquisados,
o A seguir, vem o risco de ser multado se o carro ficar estacionado mais tempo do que o previsto (44%) e;
o Pagar mais horas de estacionamento do que seria necessário (42%)
Uso do transporte público:
• Menos da metade dos pesquisados usa meios de transporte público para ir ao trabalho, escola ou universidade (44%),
• Esse número sobe para 54% quando se trata de deslocamentos pessoais, como entretenimento.
• As pessoas escolhem o tipo de transporte com base em três fatores: conveniência, confiabilidade e superlotação. A importância de cada fator varia com a idade:
o Baby Boomers (acima de 56 anos) – Conveniência (82%), Confiabilidade (84%) e Superlotação (72%)
o Geração X (46 a 55 anos) – Conveniência (79%), Confiabilidade (82%) e Superlotação (71%)
o Millennials (26 a 45 anos) – Conveniência (74%), Confiabilidade (76%) e Superlotação (67%)
o Geração Z (18 a 25 anos) – Conveniência (62%), Confiabilidade (67%) e Superlotação (55%)
Pagamentos:
• A complexidade de pagar costuma ser a base de muitas reclamações comuns.
• O uso de transporte público aumentaria 27% se o serviço fosse mais fácil.
• 47% apontaram a necessidade de comprar diferentes bilhetes para os vários meios de transporte como um problema,
• 44% citaram o fato de não saberem a tarifa a pagar como um problema, e
• 41% consideraram um incômodo o fato de os serviços só trabalharem com dinheiro. Segundo os pesquisados, essas frustrações diminuem sua probabilidade de usar transporte público e os tornam mais propensos a sair de carro
• No caso dos usuários de carro, 47% gostariam de ver inovações que indicassem onde encontrar combustível mais barato.
• 35% gostariam de ter um app que reconhecesse onde eles estão abastecendo e de pagar usando esse mesmo app
AS CINCO PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES DA VISA
• Investir em conectividade. As administrações municipais precisam investir em infraestrutura de dados com conectividade 24/7, um requisito fundamental para as soluções tecnológicas exigidas pelos consumidores. Isso possibilita trocas de dados em tempo real para manter as pessoas informadas sobre a própria viagem, além de oferecer informações para que as cidades disponibilizem serviços compatíveis com as demandas em evolução.
• Criar uma experiência de pagamento totalmente integrada para apoiar os usuários cuja jornada envolve vários meios de transporte. As administrações municipais e planejadores urbanos precisam colaborar com think tanks (laboratórios de ideias), empresas do setor automotivo e de tecnologia, e provedores de pagamento, como a Visa. Cada vez mais, uma única jornada envolverá mais de um meio de transporte (ex.: carro + metrô + bicicleta), de modo que é imperativo que o usuário disponha de uma experiência de pagamento simples e moderna, com pagamentos por aproximação nas catracas de transporte público, pagamentos via app, soluções baseadas em plataformas e outras mais.
• Integrar a autenticação pessoal à experiência de pagamento. Com as empresas e as autoridades municipais aumentando a incorporação de pagamentos digitais, é necessário integrar também a autenticação instantânea. A identificação digital é crítica no ecossistema, abordando as mudanças na forma como as pessoas usam o transporte, garantindo pagamentos e autenticações pessoais fáceis e integradas.
• Desenhar sistemas de comércio levando em conta todos os membros da sociedade. Ao desenharem um ecossistema de comércio, é preciso que todos os membros do ecossistema de transporte desafiem seu modo de pensar e incluam usuários de terceira idade ou com pouco ou nenhum acesso a serviços bancários, garantindo que ninguém fique de fora.
• Desenvolver parcerias estratégicas para gerar novas visões. As cidades devem se associar a corporações aptas a expandir seu olhar e contribuir com o planejamento. A inteligência artificial pode ser combinada a Big Data para analisar dados sobre consumo, movimentação e mudanças nas tendências para antecipar necessidades em tempo real, bem como munir as cidades de insights úteis para futuros planejamentos.
Sessenta e cinco por cento dos pesquisados moravam na região central da cidade e 35% moravam fora do centro e em áreas residenciais mais afastadas. Mais de metade (55%) trabalhava em tempo integral.
Para mais informações e baixar o relatório global completo, clique: https://vision.visaeurope.com/blogs/future-of-transportation