Setor de manufatura aumenta previsão de investimentos em TI

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As empresas do setor de manufatura no Brasil devem aumentar os investimentos em tecnologia neste ano, segundo o estudo Brazil IT Investment Trends Manufacturing 2007, da IDC Brasil, divulgado nesta segunda-feira (25/6). O levantamento foi realizado com 240 companhias manufatureiras, de diversos portes e segmentos, o qual identificou que, dentro do total gasto com TI no país, o setor industrial já ocupa a maior parcela de consumo, com 24% entre todos os segmentos no Brasil.

De acordo com a IDC Brasil, 42% das empresas entrevistadas informaram que os gastos com TI em 2007 serão maiores que no ano passado, 42% disseram que investirão na mesma escala e somente 16% prevêem investimentos menores. Um dado interessante é que 50% do total dos entrevistados acumulam um orçamento destinado para compras de TI em 2007 de até R$ 200 milhões.

Rodrigo Batista, analista de mercado da IDC que realizou o estudo, identifica que os principais impulsionadores dos investimentos do setor estão relacionados à renovação de infra-estrutura ? principalmente de PCs, servidores e equipamentos de rede ?, aumento da eficiência, aumento dos serviços terceirizados e a expansão de produtos. ?Quanto às principais iniciativas empresariais que darão origem aos investimentos em TI neste ano foram apontadas as melhorias, tanto do relacionamento com os fornecedores quanto dos sistemas de gerenciamento e da integração dos sistemas?.

Os maiores investimentos, segundo o estudo, virão dos setores químico, indústria de metais primários e farmacêutico. As prioridades estão na aquisição de novos módulos de CRM, BI, ERP e SCM, dispositivos sem fio e portais corporativos. Uma curiosidade apontada pelo estudo é que, apesar de a indústria contar com grandes empresas, apenas 15% das companhias contratam de forma expressiva os serviços de business process outsourcing (BPO).

Segundo Batista, a terceirização de processos de negócios vem apresentando um crescimento moderado nos últimos anos, porém é possível esperar melhores perspectivas para os próximos anos devido a maturidade do setor. ?Mesmo sendo um conceito relativamente novo no Brasil, atualmente ainda em fase de desenvolvimento no país, consideramos muito baixa sua utilização na indústria, que poderia se valer dos serviços como estratégia de negócios para o foco maior no core business?, explica. ?Vale ressaltar, porém, que os serviços terceirizados, no geral, têm um nível de adoção muito superior no segmento."

O estudo ainda indica a maturidade do uso de ERP no meio industrial, presente em 82% em manufatura de processos e 77% na discreta. Batista explica que há muitos planos de renovação e acréscimo de módulos, mas estes índices podem elevar-se pouco mais do que já estão, uma vez que muitas empresas desenvolvem seus próprios ERPs internamente. Isso também acontece com as ferramentas de BI e CRM, que estão presentes, respectivamente, em 27% e 23% nas empresas de manufatura discreta e 21% e 9% em manufatura de processos.

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