O digital está mudando a forma como as pessoas veem o mundo, inclusive com relação às questões eleitorais. Faltando poucas semanas para o primeiro turno das eleições no Brasil, a Avast anuncia uma nova pesquisa com brasileiros abordando a opinião dos entrevistados com relação à veracidade e possíveis impactos das informações, que circulam nas redes sociais, nos resultados eleitorais em outubro próximo.
Ao serem questionados sobre quais fontes utilizam para obter informações a respeito dos políticos e das eleições, as mídias online são a preferência de 24% dos brasileiros, em seguida está a TV com 22,38%. Já as redes sociais são acessadas por 19,51% dos entrevistados, superando os jornais que são considerados como fonte para 16,92% e o rádio preferido por 10,77%.
A respeito da percepção dos brasileiros sobre a veracidade das notícias que circulam nas redes sociais, a pesquisa apontou que 75% deles não têm sempre certeza de que as informações sejam verdadeiras. Apenas 3,55% dos que participaram do levantamento acreditam que as notícias possam ser reais, enquanto 21,40% não acreditam no que dizem as publicações nas redes sociais.
Ao ler sobre as eleições nas plataformas sociais, 61,22% dos brasileiros confessaram buscar por fontes adicionais para certificá-las, enquanto 33,27% apenas fazem essa validação em diferentes websites ou outras fontes algumas vezes.
Portanto, o cenário mostra que os brasileiros estão em alerta para uma possível ameaça cibernética, semelhante àquela envolvendo a Cambridge Analytica que usou "notícias falsas" em redes sociais, para influenciar os eleitores indecisos nos Estados Unidos. Neste sentido, a pesquisa apontou que 80,57% dos brasileiros concordam que as notícias falsas podem sim impactar os resultados das eleições.
Cerca de 96% dos entrevistados identificaram notícias falsas em suas redes sociais. Metade (50,24%) dos participantes da pesquisa consideram que os comentários, de outras pessoas nas redes sociais, não influenciam seu voto. No entanto, três em cada dez brasileiros (30,30%), concordaram que talvez esses relatos pessoais possam exercer tal influência.
No mesmo contexto, 47,78% dos brasileiros disseram não fazer uso de plataformas como o Twitter, Facebook e WhatsApp, como fontes confiáveis de notícias durante o processo eleitoral. Já para 39,24% dos entrevistados algumas plataformas sociais podem ser confiáveis para assuntos políticos, enquanto apenas 12,97% confiam nesse tipo de fonte. Oito em cada dez entrevistados (85,81%) concordam que as redes sociais devem ser responsáveis por remover as notícias, quando se tornam falsas.
Por fim, apenas 32,42% dos brasileiros seguem partidos políticos ou seus candidatos nas plataformas sociais.
Metodologia da pesquisa
Duas diferentes pesquisas com pessoas do Brasil foram conduzidas pela Avast em julho de 2018. Uma delas reuniu 1.280 entrevistados, enquanto participaram da outra 1.000 brasileiros.