Os protestos contra o presidente egípcio Hosni Mubarak começam a tomar proporções maiores do que as imaginadas pelos próprios manifestantes. E, em meio à crescente revolta dos egípcios contra o regime atual, que culminou na marcha de 1 milhão de pessoas pelas ruas do Cairo, nesta terça-feira, 1º, as empresas estrangeiras instaladas no país também já demonstram estar preocupadas com a situação política no Egito.
Um sinal claro disso foi a decisão das empresas indianas de serviços de TI Wipro e Infosys de levar todos os funcionários indianos radicados no país de volta para a Índia. A Infosys retirou 19 pessoas de seus escritórios egípcios e a Wipro, que não tem escritórios, apenas uma equipe de suporte no Cairo, já removeu seus 20 empregados – a Wipro ainda tem outros 200 empregados em suas unidades no país, mas todos eles são egípcios.
Durante a madrugada desta terça-feira, em resposta ao bloqueio à internet imposto pelas autoridades egípcias, o Google lançou uma ferramenta que permite o acesso ao Twitter pelo celular, principal meio de comunicação dos manifestantes. Os posts podem ser feitos por meio de mensagens de voz enviadas a números internacionais de telefones, sem que haja a necessidade de conexão à web nem de acesso às redes de telecomunicações do Egito.
Medidas impopulares
A censura à internet também foi a arma utilizada pelo governo da China para tentar manter os chineses sem informações sobre os protestos no Egito, com o bloqueio do acesso a certos sites e serviços de internet. Segundo informações da imprensa internacional, os dois maiores portais de web daquele país, o Sina.com e Netease.com, e o Webo, serviço equivalente ao Twitter, proibiram as buscas pela palavra Egito em suas páginas.
O governo chinês também criticou as manifestações dos egípcios por meio de editoriais e artigos publicados na imprensa local, que controlada pelo Estado. Os protestos e marchas foram classificados de "atitudes caóticas" que "mostram tentativas falhas de implantar a democracia em países que ainda não estão prontos para tal". Com informações do New York Times e The Wall Street Journal.
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